Sunday, December 08, 2013

PERCORRI


Percorri
e encontrei quantos
gestos alegres e de dor;
quantas ternuras e desassossegos;
quantas vidas cruéis e de amor.

Encontrei nas agrestes calçadas
polidas das passadas dadas,
o suor da luta pela vida,
e a dor derramada das vidas
de quantas já foram perdidas.

Encontrei quantas mãos generosas,
já enrugadas, cansadas, idosas,
a oferecerem quanto generoso amor;
quantas almas queridas,
exemplares humanizantes vidas
a distribuírem a paz com fervor.

Encontrei a brisa que me abraçava,
afago tanto ela me dava;
a natureza que me acariciava
no percurso encetado que realizava.

Percorri,
e encontrei tanto que procurava:
Em tudo que vi,
na fraterna comunhão encontrada
quão ansiosa e esperada,
senti,
ser fragmentos da criação da Vida,
de bondade e de amor.


Valdemar Muge 

Sunday, November 24, 2013

TU QUE POR MIM PASSASTE


Tu que passaste por mim,
e rias, rias do que vias...
Das meras aparências
moldadas para consolo da vista
e uma aparente oferecida felicidade.

Tu, que por mim passaste
quando nas geladas nuvens das insensibilidades,
não viste gravadas as verdades
nas pedras das ruas, as lágrimas que vi!

Olhai e vede nos espelhos partidos, caídos,
as faces doridas com as cicatrizes marcadas!
Vede os rastos deixados, sofridos,
sulcados nas pedras das recalcadas dúvidas!

Para onde vamos? Para onde?!
Com tanta amargura e desespero constante!

Riem-se, riem-se pobres insensatos!
Se ao menos os vossos risos,
quão impertinentes,
alegrassem as faces moribundas!...

Mas não,
tudo isso é vão.

Eu, já nem lágrimas tenho
para derramar nas árvores da esperança,
só vejo os velhos troncos da incerteza.
Já não tenho força,
para correr com o vento
à procura das águas das futura confiança,
para banhar a terra desflorada, abandonada,
e caminhar no chão das verdades prometidas.

Aqui fico...
         Aqui fico, desiludido...

            Valdemar Muge 

Sunday, November 10, 2013

NA RUA


São como nuvens correndo
sem que olhem e vendo
no espaço da rua agitada.
São seres com angústia guardada,
gente que trabalha e quer ser amada…
mas como correm e são apressadas!

Gente esta que o destino lhes deu,
sempre correndo para que algo seja seu.
Quando passais por mim, não vedes
minhas mágoas, (sofrimento só meu...)
Essas, não as procureis, porque são só minhas…
Seja de cada qual, aquilo que é seu.

Olhai que as nuvens às vezes vêm escuras
e quantos charcos e danos deixam nas ruas
e nos seres que na vida percorrem…
nessas viçosas flores que aqui permanece,
até parece que trazem às vidas,
a dor que na vida acontece.


 Valdemar Muge

Friday, November 01, 2013

EM CADA INSTANTE


Em cada instante encontro o amor:
Com os olhos inocentes e ternos,
o coração no doce desejo de dar
e as volúveis mãos no afago de acarinhar,
       cada dia tem mais brilho e a noite mais encanto.

Te encontro na inocente criança
que recebe  o afago desejado;
no idoso, o grato carinho que ainda vem,
mas saudoso da mocidade que já não tem
        mas de querer ainda o ser e com todos viver.

Amor, está na mulher que o mundo abraça,
porque tem a ternura que a todos enlaça.
Contigo, vou nos dias sempre amados
na esperança que renova os corações abraçados,
       embalados nas queridas inesquecíveis memórias.

Seremos os seguidores do amor
para que sempre floresça com fervor
em todos os corações:
a doce paz e queridas uniões
        que o mundo tanto precisa e anseia.

Possuiremos a simplicidade das crianças
e teremos o inocente e puro amor, doces carícias;
Tenhamos nos corações a simpatia da afagada mulher,
porque nela floresce o amor,
do seu regaço sai o amor
        que os corações querem ter.

 Valdemar Muge

Wednesday, October 23, 2013

OFERTA


Bem-vindo a esta terra!
Se trazes um abraço amigo, fica.
Eu, desta, dar-te-ei um regaço de amizade:
O calor que aquece as almas
e transborda nos corações fraternais;
O perfume que das flores exala
para o bálsamo dos vossos sentidos;
A terra da fertilidade com as sementes
da amizade e cordialidade;
A aragem marinha desta beira-mar nascida,
para o aconchego dos vossos seres;
A alegria da sua juventude,
para a felicidade das vossas vidas;
O trabalho promissor que ela oferece,
para a essência dos vossos seres.

Eis o abraço desta terra
que no seu seio encerra
que o oferece a quem vem e amizade procura.
Eis o elo da fraternidade
nesta terra livre, de gente com humanidade,
que a todos acolhe,
a todos abraça,
a todos oferece desejos queridos.

Se possível, nós, juntos,
cantaremos irmãmente estas ofertas de hoje.
No suave silencio desta natureza,
nossas vozes ecoarão a felicidade do amor.
É a força da luz da vida desta terra
                      que nos corações dela, encerra

                      Valdemar Muge

Wednesday, October 16, 2013

NO SUAVE SUSSURRAR

       

       No suave sussurrar da natureza,
ouviremos o adágio que ela nos dá
e falaremos com os sentidos recatados,
inspirados como ela os sabe oferecer.

Como crianças, envoltos na pureza espalhada,
deixaremos seguir nas aguas cantando
as pétalas por nós caídas da inocente flor
que o aroma deixou e a saudade levou.

Silenciosos, falar para quê?
- Tudo à volta é silente e vive.
Nossos corações, amor, sentem
o que os olhos vêem e dizer querem.

Silencio este que fala mais que quantas palavras:
Fala das felizes alegrias e das dores acontecidas;
É elo da vida que por nós passa, amor.
Com estas flores do silencio,
as palavras, soltas, foram nas aguas correndo
e ficaram  os ternos sentidos nos corações.

Acariciamos a densidade da Luz do amor
que envolve irradiando os corpos amados,
lúcidos e queridos nos seus desejos...
Ancorados no cais adjacente do amor,
o porto de chegada do destino da vida
proposto para todos de alegrias e dor.

Sejamos os rostos deste silêncio
cativos nos corações do amor,
que um dia recordemos com saudade
no repouso do ardor que ficou.

           Valdemar Muge

Wednesday, October 09, 2013

MAR


     Vens-me falar ao coração...
Vem! Sempre ouço tua canção;
Vens desabafar tuas mágoas,
teus lamentos;
Vens deixar tuas lágrimas,
teus tormentos;
Vens segredar tuas saudades,
quão antigas, passadas, verdades.

Te as guardo,
te as escrevo.

Minhas mãos, são meio da tua escrita,
meu coração, guarda fiel à tua vista.

Deixas em minhas mãos, as húmidas palavras;
deixas em meu coração, as cansadas tristezas.

Sempre a meus pés se esvai
o fresco marejar que me dás;
Sempre, sempre ao meu olhar, vais
pela imensa luz que se põe
no declinado dia.
Quando contigo estou
e as tuas águas abraço,
mar também sou.

Valdemar Muge

Friday, October 04, 2013

RECORDAÇÕES

    
   Numa habitação, sempre existe objectos que são recordações. Quantos deles já passaram por várias gerações, lembranças que são transmitidas de uns para outros; objectos estimativos que lembram sempre alguém que foi querido que simboliza a sua existência permanecida, quantas vezes junto de nós.
Sempre há numa sala, uma lembrança que a alguém lhe foi querida, lhe era sentimental ou lhe estava perto do seu coração afectuoso. Essa, símbolo permanente, continua na sua existência, em cima de uma mesa, numa parede ou aconchegada a um canto de um compartimento, sempre à espera que as gerações futuras, delas se lembrem e se recordem desse alguém querido que existiu em tempos.

 Quantas existências dessas lembranças, tiveram história. Umas nasceram de amor e afecto trocado entre dois seres. Nasceram de datas significativamente belas e amorosas, para ficarem como marcos perpétuos desses seres. Momentos belos que a vida tem e não se deve perder. Outras, árduas lutas e trabalho tiveram para as ter e conquistar. Com esforço de bastante trabalho, nasceram e se construíram.
                O ser humano sempre tem a tendência de possuir aquilo que mais gosta e que lhe é                             aconchegante. Uma grande parte da sua vida, é recheada de cansaços e trabalhos, quantas                 vezes árduos e mal interpretados e pouco recomendados, para alcançar os seus objectivos.                 Quantas recordações que ficam com suor amargo, de quem nunca se quis desfazer delas,
                vínculos perpétuos, marcas de seres que foram e agora não             existem.
               Mas nesta curta vida que o ser humano tem, o tempo passa sem que ele dê por isso, ela se                  perde com desejos e recordações. A sua existência é efémera e tudo que aqui tem, deixa.                   Tudo acaba e tudo fica. Afinal tanto trabalho pela posse dessas recordações que lhes eram                   queridas, aqui ficam e nada vai de quando seu corpo perecer. Tudo deixam…
               Lembranças que ficam quantas vezes esquecidas ou abandonadas por pouca utilidade                          parecem ter. Lembranças que se vão apagando com o tempo, se vão corroendo com o pó,                 esse que consome as memórias daqueles que nas memórias foram do tempo da vida.

              Valdemar Muge

Saturday, September 21, 2013

DAS SINGELAS FLORES

       

       Das singelas flores,
deixamos nos seres o pólen das carícias;
Nos corações que nos esperavam,
deixamos o fecundo amor florescido;
Nas almas que encontramos,
deixamos o espírito que transportamos.

As noites eram aconchego, abrigo
das ansiosas vozes desejadas...
Preludio de irmanada amizade,
semente cultivada para quanta felicidade!
Nos novos dias iluminados, eis o fruto colhido
nos olhares e abraços encontrados
de quantos desejos nocturnais.

Foi nuvem que correu,
nela seguimos,
vivemos,
amamos...
Foi nuvem que pousava,
fecundava
em cada coração,
desejosa união...

Foi água nascida que correu de quantos sonhos
iluminados por quantas Estrelas dessas noites...
Foi colheita de quantas flores de amizade
que floresceram, depois durante os dias...

Agora, percorremos a solidão
e o que vemos no chão,
são pegadas de saudade de quanta amizade!

(... só falta dar de beber à raiz,
para que a Árvore renasça e floresça feliz!)

            Valdemar Muge                                                                 

Wednesday, September 04, 2013

NO SILENCIO


No silêncio,
escuto a brisa que te guia
e me fala de ti, alma querida.
No silêncio,
vejo a branca nuvem que te trouxe…
e me viste para saudades matar.
No silêncio,
sinto a voz que palavras davas…
e me suavizas neste coração saudoso.
No silêncio,
paira o amor, bálsamo que trazes…
doçura quanta para meu coração.
No silêncio,
Sinto a lágrima de ti vinda…
lágrima que ainda te ficou
e às minhas se juntou.
No silêncio,
o raiar da Luz a meus pés se reflecte,
e uma flor brotou, e aqui ficou…
Comigo essa, sempre o coração guardou.
No silêncio,
Nesse teu jardim florido,
colhes tuas flores,
e com a tua saudade,
sempre me dás uma de felicidade.

Valdemar Muge

Wednesday, August 28, 2013

TEMPO


Ao iniciar este pequeno espaço de temas, sinto que estou no tempo que corre para o fazer. Tudo o que à volta corre e se realiza, teve o seu tempo. Ele está junto de nós e nós o escolhemos, o vamos moldando, satisfazendo nossos gostos. Mas isso como é difícil! Para prazer duns, sará o desconforto de outros; para benefício do conforto do ser humano, será a auto--destruição da humanidade.
Em tempos remotos, o tempo tinha a existência na harmonia da própria Natureza. Tudo se desenvolvia com a naturalidade da sua criação.
O homem começou a fazer parte da harmoniosa natureza.
Ele não se sentia satisfeito, o seu desenvolvimento fazia parte da sua natureza e suas capacidades lutavam para melhor conforto. O homem começava a fazer o seu novo tempo. Já não era o tempo que a Natureza criara, mas sim aquele que ele ansiava e queria.
O mundo se ia modificando à custa do tempo do ser humano que esse tempo queria.
Hoje estamos no tempo das tantas facetas: das verdades e das  mentiras; das promessas e hipocrisias. Vivemos num mundo de riquezas e pobreza; num de ansioso amor e repelentes guerras; de construção fraternal mas também de ganancias. O tempo que o homem também construiu.
O tempo que o homem venceu todos os outros seres da Terra; das conquistas dos espaços terrestres e aéreos; da harmonização
da natureza para criar novos espaços ao seu gosto.
É o tempo do homem na sua ânsia de domínio, mas a sua capacidade será autodestruída. Virá o tempo que não conseguirá dominar a sua própria existência.
O homem fez o seu tempo desde os remotos tempos na sua existência.
Passam os tempos e deixam as marcas na Historia da humanidade. Dumas, nos glorificamos das suas realizações, doutras, envergonhamo-nos dos seus acontecimentos. Honramo-nos das descobertas para o bem da humanidade, mas entristemo-nos de quantas destruição e guerras feitas pelos homens.
Tentemos viver com o tempo daqueles que desejam um mundo harmonioso, de esperança na paz e no amor. O tempo que o homem também pode fazer e viver de amor e felicidade.

            Valdemar Muge

Sunday, August 18, 2013

CHEGUEI


Cheguei do percurso feito durante anos.
Meus passos agora são lentos, cansativos
de tanto que percorri, tanto que caminhei.
Por aí, deixei as pétalas da amizade
cheias de sinceridade;
Deixei as dos afectuosos abraços de carinho
a todos que me quiseram receber pelo caminho;
Deixei as do amor irmanado em cada ser amigo,
em cada coração que o queria e desejava;
Deixei as da fraternal paz que o mundo
tanto anseia e precisa.

Agora, as pétalas deixadas,
esvoaçam entre vós.
Elas quererão pousar nas vossas vontades;
Quererão abraçar nos vossos corpos
                 e embelezar a construção do templo da fraternidade.

Vede-as, elas passam por vós!
Basta um simples sorriso entre todos
e se pousarão nos seres de boa vontade
e nos corações ansiosos da paz e do amor.

Agora, neste meu vagaroso caminhar,
deixo a alegria da felicidade
e levo de todos vós a fraternal saudade.

                   Valdemar Muge                                                            

Saturday, July 20, 2013

QUE IMPORTA


Que importa não poder apanhar a forma do amor
para sempre ter o seu conteúdo e nele me envolver,
se acredito que ele sempre nos acompanha
desde que o queiramos abraçar;
que importa a imagem que te vejo
ser de pedra ou madeira,
se o espírito nela representado me acompanha
e me ajuda quando nele penso e medito;
que importa na caminhada da vida
não ver alguém acompanhar nossos passos,
se no percurso encetado, se preciso, uma força
me abraça e seu braço me ampara;
que importa não ver quem fez o Céu, a Terra, o Infinito,
se creio em quem O fez e o quis.
Que importa tudo isto ser invisível, não ser palpável,
mas está na crença,  na fé que se propaga em cada de nós,
na raiz do Amor,
na Concórdia, na Paz.

Quando um dia meu corpo à terra baixar
e com a Natureza ficar,
minha alma com a fé que nasceu e se criou,
ao encontro do infinito em que acreditou,
vestir-se-á de noiva e caminhará para o altar da Luz,
na comunhão infinita do Amor.
Ali, o Amor não terá barreiras,
tudo é luz e tudo é amor.
Não haverá montanhas ou mares,
não haverá discórdias ou desassossego;
o sol se transformará em Luz do amor
e o Amor é o espaço da sua existência.

Valdemar Muge

Sunday, July 14, 2013

PASSAM OS ROSTOS












Passam os rostos
na rua envelhecida pelo tempo,
desgasta pelas vidas que na vida correram...
quantas nelas nasceram
e saudosas morreram,
mas a rua, sempre nos abraça e nos quer,
arrecadora de desabafos de quem nos fere.

Passam os rostos cansados que a vida lhes deu,
os olhares tristes da saudade de quem já foi seu...
mágoas sentidas,
quantas ainda retidas,
nostalgia daquelas suas queridas vidas.

Passam os silenciosos seres,
os portadores de sonhos nascidos nas auroras...
eles sonham, sonham na alegria da felicidade
como crianças brincando e rindo
na despreocupada vida que lhes vem vindo.
Rostos de silenciosos seres
que guardam o Universo dos sentidos,
quantos neles passados e vividos
no turbilhão dos ventos corridos.

Mas como passa o rosto do pobre já cansado,
desanimado,
na rua abandonado, aí posto,
com a mão estendida e envergonhado rosto;
o olhar entristecido, enevoado,
à procura da esmola querida.
Ser que a alma desassossegada suportou
depois de quem a tantos amou.
Este, quantas vezes pobre será?...
se no coração amor não ficou.

 Ali passa o Doutor de ar desdenhoso,
autoritário e fogoso
na velha rua de casas envelhecidas
onde o débil velho de cabelos grisalhos,
com a face enrugada de tantos orvalhos,
o que a vida fugaz apenas lhe deixou.

Passam os rostos embebidos das aguas salgadas,
os lutadores da inquietude das ondas marulhadas...
os que no mar a vida procuram,
mas no mar, quantos suas vidas se afundam.
Passam os morenos rostos dos campónios,
agora, poucos são e eram tantos...
Passa o operário laborioso,
o funcionário do Estado, brioso;
passam quantos e quantos
como são tantos o que na rua passam
e a existência enlaçam.
Passam seres do Outono
que ainda querem viver,
quantos curvados, enrugados,
historias felizes e de sofrer.

Passam os seres da Primavera,
as crianças que levam os beijos da Aurora
no pulsar dos corações onde o amor mora;
a juventude com o calor da vida, da esperança...
confiantes, passam na ventura que alcançam,
acreditando sempre num futuro melhor...
a força que eles sabem conquistar.

 Eles passam e quantos mais
       nas calçadas polidas da rua.
      Aí ficam gravadas quantas historias
      que na vida lhes passou,
      quantos lamentos e lágrimas nelas derramaram.

      Os rostos passam e sempre passarão
      com a brisa do mar desta terra,
      e silenciosos ficam os portais da ruas,
      como marcos das memorias suas.

      Em cada rosto, está gravado o seu passado
      como livro que na vida sofreu e foi amado;
      não desfolhes as folhas para recordar,
      porque podes encontrar alguma palavra acusada...
                                       
Valdemar Muge

Sunday, July 07, 2013

FICAREI PARA SEMPRE


Ficarei para sempre com teu olhar;
Ficarei  para sempre com a tua face:
       Doce imagem que sempre me faz recordar,
       doce sorriso mostravas no nosso enlace.

Fico para sempre com tuas mãos;
Fico para sempre com teu abraço:
        Querido afago mais que palavras são,
        querida ternura que ficou em meu coração.

Sempre guardarei tuas ternas palavras;
Sempre guardarei teu doce coração:
        Elas são tesouro como melodias dadas,
        sempre com ele o será o pulsar da querida união.

Fiquei com mil flores que tinhas;
Fiquei com mil desejos que guardavas:
         Com elas, suavizamos nossos caminhos,
         com eles, foi também o que nossos seres criaram.

Doces desejos
queridos beijos,
quanto amor
terno louvor,
doce olhar
mavioso lar,
ternas carícias
sempre teu em cada dia.
         Sempre teu amor meu,
          sempre meu coração teu.

Valdemar Muge

Saturday, June 29, 2013

NA ESTRADA DA VIDA


Nos percursos encetados,
deixamos sementes de flores
e nasceram as rosas de felicidades;
lançamos as sílabas das palavras
e floriram as flores da amizade;
espalhamos as pétalas colhidas
e se transformaram em cordial amor!

Com os sentidos vindos dos corações afectuosos,
os sorrisos transparecem
nos tristes rostos que passam;
as lágrimas se enxugam
com o bálsamo da meiguice;
a dor das vidas dilaceradas,
se dilui com o aroma da fraternidade.

É a aragem do perfume da poesia,
que envolve os corações
na suave e querida paz;
Que transforma os seres cansados,
em pouso vivo à vida amada;
É rio que flúi da Natureza
e desagua em nossos corações.

Na estrada da vida,
os percursos com amor
é vida que nos torna querida.


Valdemar Muge                                              

Saturday, June 22, 2013

COM AS NOVAS VESTES


Com as vestes agora tidas,
contigo vou nos caminhos
da poesia e do amor.
Vamos desfrutando a alegria
dos sorrisos encontrados;
A claridade da luz
na natureza acariciada;
A suave aragem encontrada,
deslizando pelos nossos corpos
e a singela flor nos nossos caminhos,
damo-la aos corações
da amizade e da concórdia.

Deixei as velhas vestes abandonadas
e sigo com a aurora agora renascida;
Cantarei os cânticos dos afectos e felicidade,
com todos os seres da esperança futura;
Cantarei as saudades lembradas,
com os corações
que na vida foram queridos;
Cantarei as mágoas sentidas,
com todas as vidas
que a dor sentiram,
mas que agora comigo seguem
e lágrimas limpam.

Como é belo ver a florescer
a nova flor,
e uma nova vida nascer
seja sempre seiva de amor.


Valdemar Muge