QUANDO
A BRISA VEM...
Quando
a brisa vem e me abraça...
me deixa a frescura das carícias das ondas
que a areia amaciou;
o afago do bailado que teve no arvoredo
QUANDO
A BRISA VEM...
Quando
a brisa vem e me abraça...
me deixa a frescura das carícias das ondas
que a areia amaciou;
o afago do bailado que teve no arvoredo
CHUVA BENDITA
Que chuva esta que na rua cai,
que traz cheiros de rosas a desfolhar,
e brilhos do firmamento que dele sai?
- Parecem odores de quem está no céu,
e brilhos de estrelas que querem iluminar.
Que chuva esta de encanto seu,
que cai suave no peito de quem era teu...
será saudosas lágrimas ao coração meu,
e luz que me brilha de quem eu era teu?
Mas sim! Este manto lacrimoso que do céu vem,
são gotículas de afeto e
amor de quem nos quer bem...
e eu, ao tê-las, oro agradecido a quem nos é querido
que na Paz Celestial nos
quer e protege, de deles ter sido.
Mas esta chuva bendita, com este cheiro e brilho,
que parece pétalas de rosas que brilham, caindo
dum rosal celestial, esse sentir sempre quero ter cá...
e lá, me esperam benditas, que me acolherá florindo,
que me acolherá quantas pétalas... de amor que fará.
O INVERNO QUE VEM...
O inverno vem, aproxima-se, quer estar presente.
Este tempo, traz a saudade
primaveril dos teus sorrisos,
e do feliz encanto no teu olhar em
cada manhã, de então;
a saudade da magia dos sonhos que fluíram
para realizar e amar,
de quando do florescer das tuas
jamais esquecidas primaveras.
A saudade de quando te confundias
com as tuas flores;
te misturavas, airosa, com o afago
do teu mar;
te deleitavas, romântica, ao pôr do
sol, sonhando o futuro,
e nas auroras renascidas, agradecendo
a vida de mais um dia,
porque era primavera e fazias parte
dessa que então existia.
Nesse inverno que se aproxima...
Não importa não teres a alegria
desses teus sorrisos de primavera,
mas tens os ternos e doces sorrisos
de hoje, tão queridos,
os deste tempo de Outono, que também
são belos;
não importa não teres a espontânea
alegria da juventude,
mas tens a não menos querida
felicidade do tempo que passa,
a que hoje abraça os nossos
corações;
não importa não apanhares as flores
da primavera,
mas tens dentro de ti,
o aroma de todas aquelas que as
guardaste durante a vida:
de amor, de felicidade e paz,
para o espalhares por todos aqueles que te rodeiam e te estimam.
Não fiques triste, amor, por não
estares nessa então primavera,
Pois esse teu Outono, também tem o
seu encanto:
Não tem a beleza do renascer da
natureza,
ou o calor do sol do verão que faz
escaldar os corações,
mas tem o doce e suave brilho do dia
e o aconchego apaziguador do sol que
te embala.
Tens a singela e sempre querida flor
que te rodeia...
ela, é a primavera neste tempo
presente,
em abraço de amor e paz,
porque quando as auroras do amor
permanecem junto de nós,
as primaveras resplandecem junto dos
corações;
e tens a ave que te quer e
suavemente te afaga em cada dia
no aconchego carinhoso que te
envolve…
porque ninguém há de corromper esse
carinho até á morte,
assim será essa a dita e feliz
sorte!
Valdemar Muge