Sunday, July 30, 2017

E A LUZ FEZ NASCER MEU POEMA


Quando a luz se reflete nos teus olhos,
vejo o amor que tens no teu coração;
quando a luz pousa no teu sorriso,
a tua alma transparece a felicidade;
mas quanto ela mais brilha nos nossos corpos
quando nos abraçamos e o terno beijo damos!

Quando te envolves nas tuas flores e as abraças,
a luz se interioriza no teu corpo e todo é poesia florida...
e das tuas mãos,
sai a flor de luz que iluminará a paz,
e do teu coração,
o amor que esparges em teu redor.

No teu livre caminhar que percorres no tempo,
o tempo te ampara com a luz da felicidade, da alegria, do amor.
Ela te acompanha e te ilumina a caminhada
com as estrelas da esperança que vais semeando,
e do afeto que na tua vivência vais espalhando.
Essa luz que em ti brilha,
é o pouso escolhido no teu encanto: 
Esse encanto que de dentro de ti vem 
e faz cantar este meu poema,
que me faz nascer o abençoado amor,
que me faz viver a felicidade tida,
nesta vida de alegrias e dor.

Enquanto o brilho dessa luz que em ti reluz, permanecer,
brotará o fluxo de meu sentir para os meus poemas,
e então, juntos, iluminados pela luz da vida,
é razão deste nosso viver.

Valdemar Muge 

Saturday, July 08, 2017

ÁGUAS MINHAS, LEVAI...


É este o rio da minha terra,
que me ouve e suaviza;
é espelho que me vê,
que me espera e me embala.
Rio este da terra minha,
aconchego das tuas fontes,
refrigério das tuas aves,
suave frescura da minha alma.
Ó águas que ouves a paz dos corações,
e as promessas de amor;
ouves os quantos desabafos das desilusões,
das tristezas, das angústias;
que levais silêncios abraçados, os cantos ouvidos;
as palavras sentidas,
desabafos do seu povo querido.
Águas minhas levai, levai,
todo este meu sentir e na ria o guardai,
que eu nas noites de luar,
ou nas amenas manhãs
quando o sol nas suas águas se aconchega,
lá vou para recordar o que da alma deixei
de quando tuas águas por mim passaram,
o quanto do meu sentir levaram.
                                                             
Este é o rio da minha terra
que guarda as lágrimas dum povo
que perde quantas almas no mar
e leva essas saudades
para onde a atroz desgraça aconteceu.
És o aconchego da tosca tripeça para o branqueio
da roupa dum povo de trabalho,
de anseio, de alegria, de fraternidade.
Sempre cantarei junto das tuas águas,
porque sei que guardas minhas lágrimas,
meus anseios, minhas saudades;
cantarei com terno abraço,
porque sei que guardas minhas alegrias,
minha felicidade tida.

 Valdemar Muge