Monday, January 27, 2014

DESEJO





Quem me dera sempre ver a paz entre os povos,
sentirmos em fraternidade no bem que cremos e somos.
Quem me dera ver a amizade em todos os seres
e a reinar a tranquilidade nos corações necessitados,
então sim, os povos seriam mais amados.

Quem me dera sempre ver as crianças felizes, brincarem
e todos as querer amar;
quem me dera ver os idosos protegidos,
amparados na velhice e conforto terem,
então sim,
 mais fraternidade havia nos seres por todos queridos.

Quem me dera ver o planeta mais protegido
e a maléfica poluição desaparecer,
seria dar vida à vida para nela viver.
Quem me dera tudo isso ver...
então esse sim, seria um mundo harmonioso
e que todos deviam felizes nele viver!

Quem me dera ver...
... um simples sorriso em cada ser
e em cada rosto ver
a felicidade irradiante e transmitisse a paz desejada.

Quem me dera ver...

     *

Mas o que vejo...
que vejo neste conturbado Planeta?:
As faltas de compreensão entre os Povos
e as vinganças surgirem, crispadas
nos corações desassossegados;
Os cárceres dos desamparados cheios de corpos sem abrigo;
A fome proliferar-se nos povos necessitados,
(e quantos são abandonados...);
Quanta miséria nos idosos
e as crianças a morrerem com o olhar da condição de fome.

Os canhões ecoam!
Os estilhaços caem nos charcos sangrentos da morte.
As titânicas guerras que só fazem montes de ossos humanos,
despedaçados nas valas dos desgraçados;
Montes de crianças inocentes do cutelo malfazejo do mutilador!

... E os gritos correm,
correm neste vento desesperado!
ecoam por toda a parte,
mas nem todos ouvem a dor que os infelizes sentem!...

... E os gritos correm,
como se ouvem neste mundo tão conturbado!
Os corações deixam de ter força
e as lágrimas a perderem-se nas covas dos mortos.
Não há Deus que queira a vingança,
mas só o Amor!
A dor se espalha com a fome nos corações inocentes,
num mundo de incompreensão e de ideais conturbados...

Exista sapiência, sapiência!
Todos são irmãos e que todos vivam na paz
que este mundo proporciona.


 *

Sejamos os portadores das afectuosas vontades da humanização
vindas dos livres corações;
Sejamos os obreiros da paz e da concórdia,
        seria então uma bela vitoria.
Sejamos as vozes que ecoarão e os semeadores da compreensão
e da harmonia,
        como bom seria todos vivermos em alegria.


Na Terra onde havia sangue,
nasça as flores da felicidade e da paz,
        seria a mais bela primavera da natureza que faz.

Nos negros dias da intranquilidade,
resplandeça a luz da alegria e do sossego,
        prece que ao Criador ergo.

Nos corações flagelados da guerra,
nasça os dias da esperança harmoniosa
e do bem estar para todos!
        Testemunho este que aqui pomos,
        porque quem me dera sempre ver
        a paz entre os povos.


Valdemar Muge                                                                                                                      

Monday, January 13, 2014

CAMINHO NA CIDADE




Caminho na cidade conturbada,
dos seres sem certezas do destino.
Sem destinos para onde caminham,
sem futuro que há vida procuram.

Caminho na cidade dos seres ansiosos,
dos que perguntam para onde vamos?
Hoje, aqui e assim estamos,
amanhã, que seremos, de quem somos?

Caminho com os rostos dos sacrificados,
daqueles que sofreram das atitudes dos outros;
Das promessas vãs que ecoam às gentes;
Das injustiças promulgadas desastradamente!

Caminho na cidade conturbada das lutas,
das ânsias, das atitudes vencidas.
Caminho ao lado dos seres que querem vencer
os malignos espalhados que hoje proliferam.

Caminho com a esperança de um futuro melhor
de justiça social, trabalho e progresso!
Caminho com o desejo para uma cidade
de seres fraternais e rostos felizes.

Valdemar Muge

Saturday, January 04, 2014

PALAVRAS




Deixo um regaço de palavras
a todos que as queiram receber e recordar,
palavras estas que um ser amigo pode dar.

Com estas mãos, escrevi as sílabas sentidas,
como prova de carinho e amizade,
na sempre e tão quanta sinceridade.
São palavras de quem sempre quis a paz e a concórdia
num mundo tão conturbado;
a esperança, nos corações desiludidos e perdidos;
a felicidade encontrada para os infelizes
e o reconforto na dor quando vinda.

Eis as palavras escritas à minha terra
que sempre desejou que existisse o amor;
à sua gente, que dia-a-dia encontramos, falamos e estimamos;
e à beleza aqui espalhada, em cada canto, em cada ser.
Ficam as palavras que correm no fluir das águas dos rios
e se repousam nas salgadas águas dos seus pescadores.

Eis as palavras envoltas na aragem vinda do mar
que nos acaricia;
do mar que nos embala e nos faz sonhar
no atapetado chão das brancas areias,
e das gaivotas passando sobranceiras.

Deixo todas estas palavras escritas nas brancas folhas
que às vossas mãos chegam
e ao olhar, acarinha suavemente,
recordando de quem sempre em vós pensou...
deste ser que da sua terra nunca se esqueceu
e a alma vareira desta gente, no coração viveu.

                                                                              Valdemar Muge
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