Quem
me dera sempre ver a paz entre os povos,
sentirmos em fraternidade no bem
que cremos e somos.
Quem me dera ver a amizade em
todos os seres
e a reinar a tranquilidade nos
corações necessitados,
então sim, os povos seriam mais
amados.
Quem me dera sempre ver as
crianças felizes, brincarem
e todos as querer amar;
quem me dera ver os idosos
protegidos,
amparados na velhice e conforto
terem,
então sim,
mais fraternidade havia nos seres por todos
queridos.
Quem me dera ver o planeta mais
protegido
e a maléfica poluição
desaparecer,
seria dar vida à vida para nela
viver.
Quem me dera tudo isso ver...
então esse sim, seria um mundo
harmonioso
e que todos deviam felizes nele
viver!
Quem me dera ver...
... um simples sorriso em cada
ser
e em cada rosto ver
a felicidade irradiante e
transmitisse a paz desejada.
Quem me dera ver...
*
Mas o que vejo...
que vejo neste conturbado
Planeta?:
As faltas de compreensão entre os
Povos
e as vinganças surgirem,
crispadas
nos corações desassossegados;
Os cárceres dos desamparados
cheios de corpos sem abrigo;
A fome proliferar-se nos povos
necessitados,
(e quantos são abandonados...);
Quanta miséria nos idosos
e as crianças a morrerem com o
olhar da condição de fome.
Os canhões ecoam!
Os estilhaços caem nos charcos
sangrentos da morte.
As titânicas guerras que só fazem
montes de ossos humanos,
despedaçados nas valas dos
desgraçados;
Montes de crianças inocentes do
cutelo malfazejo do mutilador!
... E os gritos correm,
correm neste vento desesperado!
ecoam por toda a parte,
mas nem todos ouvem a dor que os
infelizes sentem!...
... E os gritos correm,
como se ouvem neste mundo tão
conturbado!
Os corações deixam de ter força
e as lágrimas a perderem-se nas
covas dos mortos.
Não há Deus que queira a
vingança,
mas só o Amor!
A dor se espalha com a fome nos corações
inocentes,
num mundo de incompreensão e de
ideais conturbados...
Exista sapiência, sapiência!
Todos são irmãos e que todos
vivam na paz
que este mundo proporciona.
*
Sejamos os portadores das
afectuosas vontades da humanização
vindas dos livres corações;
Sejamos os obreiros da paz e da
concórdia,
seria então uma bela vitoria.
Sejamos as vozes que ecoarão e os
semeadores da compreensão
e da harmonia,
como bom seria todos vivermos em
alegria.
Na Terra onde
havia sangue,
nasça as flores
da felicidade e da paz,
seria a mais bela primavera da natureza
que faz.
Nos negros dias
da intranquilidade,
resplandeça a
luz da alegria e do sossego,
prece que ao Criador ergo.
Nos corações
flagelados da guerra,
nasça os dias da
esperança harmoniosa
e do bem estar
para todos!
Testemunho este que aqui pomos,
porque quem me dera sempre ver
a paz entre os povos.
Valdemar Muge
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