Tuesday, December 13, 2011

TEMPO DE NATAL



Na aragem que neste tempo passa
e que em mim enlaça,
apanho a força da fraternidade;
abraço a alegria da felicidade,
e guardo a doce maravilha do amor.

Com o espírito brotado do florido ramo nascido
que no coração permanece vindo,
partilharei as pétalas do amor
aos corações de todos os povos,
e com elas, as mágoas das guerras
e da fome, se dissipem!

O renovado Natal,
desejado por todos nós,
permaneça em cada ser,
em cada crer.

Pudesse eu transformar as lágrimas
que além correm,
em doces bálsamos de felicidade e paz.


Valdemar Muge

Feliz Natal e Bom Ano


Monday, December 05, 2011

A ESTRELA











        Estrela...
te creio na boa que nos guia,
na luz que nos ilumina...
Pois sem ela, que de nós seria?

Tens a boa alma que nos protege
que em tantos momentos por ela suspiramos...
o bendito espírito que nos elege.

Tens a força do amor para nascer esse sentimento
que faz enaltecer a nossa vida,
que faz viver tamanho deslumbramento.

Estrela querida que nos segue, não me fujas!
Tua luz que me ilumina, sempre me siga;
o amor, a força da vida, de ti, sempre resplandeça
e em todos se difunde e permaneça.

E a Estrela sempre nos seguirá,
desde que nela sempre acreditamos.

Valdemar Muge

Saturday, November 19, 2011

É PRECISO












É preciso abraçar a terra,
para sentir o sabor do trigo
e a fome desaparecer!
É preciso que as fábricas trabalhem,
porque todos querem viver!
É preciso abraçar a Luz,
para sentir o despertar da vida!
É preciso abrir as escolas,
fonte de saber da vida!
É preciso sentir a força do mar,
para que nos dê o seu alimento!
É preciso subir rios,
ao encontro do que nos possa dar!
É indispensável amar a natureza,
e cultivando sempre a sua beleza!
É urgente rejuvenescer a paz,
a liberdade, o amor,
a afabilidade,
para acabarem as guerras, os ódios,                               
a maldade!
Urge cultivar o amor, a alegria,
a felicidade,
para que desapareça a tristeza, a dor,
a falsidade!
É preciso clamar bem alto,
para que todos acordem e
lutem pela concórdia de todos nós!
É preciso...


Valdemar Muge

Sunday, November 13, 2011

CRIANÇA






                 Criança que corres além,
ale                      alegre, feliz, despreocupada:
aa                       a natureza acariciando-te, sorri.
                           És fruto das pessoas amadas;
                           elo dos corações abençoados
                           de sublime amor, dignas de ser elevadas.
        
                           Não  fujas  ditosa  criança!
                           Tu, que meu olhar alcança,
                           vem   junto   a   mim.
                          Abraça-me, és alvor que sorri;
                          és  vida,   amor,   natureza;
                          és força do afecto, que beleza.
          
                           És  aurora  que  nasce  à  vida;
                           luz  que  à  vida  dás: és  esperança
                           para  que  na  humanidade  haja  amor
                           em   todos   nós,  seja  de  que  raça  for!   
                           Criança, vem! Com amor, tu alcanças
                           a fraternidade que nos é querida!                    
      
                           Criança sim, seja de que raça for!
                           Ser humano que deve ser respeitado,
                           ser da vida que quer ser amado!
                           Criança é amor, dá e quer amor;
                           ela é vida que da nossa nasceu,
                           é amor que a todos nós deu.  

                           
                           Valdemar Muge

Friday, November 04, 2011

COM TUAS MÃOS












Com tuas mãos, abrimos a porta à natureza;
indicaste o caminho florido e silvestre,
a planície e a dura e inclinada calçada,
com a carícia do sorriso de alma amada.

Com tuas mãos, afagamos rios e mar;
abraçamos terra e sol com sonhos para amar;
viajamos nos serenos ventos do amor
salpicados nas tristes lágrimas da dor.

Com tuas mãos, construímos nossos destinos;
moldamos pacientemente nossos seres queridos;
colhemos os frutos que a vida nos deu,
e erguemos tudo que possa ser teu e meu.

Com tuas mãos,
sempre juntos seguiremos...
sempre.


Valdemar Muge   

Monday, October 03, 2011

CAI A CHUVA


Cai a soturna noite triste e fria,
cai a chuva na deserta rua,
cai a tristeza no coração sem alegria
de tantos, quantos a dor é sua.

Cai a chuva nesta triste noite escura,
cai na molhada vidraça o sopro embaciado,
cai a melancolia por quem passa na rua,
talvez alguém que não foi e não é amado.

Na fosca rua que da vidraça reflecte e se vê,
passam tremulas sombras, de crepitantes,
será alguém varejado pelo vento ou quê?
ou alma dolorosa do pesar dos anos pungentes?

Será vida amarga que debaixo da chuva passa,
o frio que a enlaça no seu destino, como triste será...
será criança ou jovem na sua doença que propaga?
Felicidade não será! Vida na rua de noite fria, é dor acolá.

Cai a chuva nestes corações dilacerados,
cai o frio nestas almas que passam, fragilizadas:
São irmãos, quantos um tanto abandonados

            que na vida sofreram e hoje, elas estão despedaçadas.

                                                                      Valdemar Muge

Tuesday, January 04, 2011

RIOS


Ó Graça que tua graça me deixas,
que vens correndo pelos campos seguidos...
não te cansas de refrescar o que beijas,
com o teu murmurar, levas saudades e pedidos.

Tu, ó Cáster que me afagas,
tanto correste e ao meu encontro vieste...
a suavidade e beleza não a largas,
encanto que deixas aos corações e a este.

Sois dois leitos que a natureza vos deu,
águas que levam encantos sem par...
aqui, se juntam como amor só seu,
mas também o espalha em suave sussurrar.

Valdemar Muge

PORQUÊ



Porquê, que  quando estou junto de vós,

meu sentir, outro se esquece e este é que volta?:
Só ouso o teu murmúrio que de ti se solta,
tu e eu, sozinhos, sentimos o que é para nós.

Mergulho minhas mãos nas tuas águas
frescas como da fonte ainda viessem...
mas que sentir o que sinto, elas exprimem,
serão lágrimas deixadas de quantas mágoas?

Olho tuas águas, ó rios de águas claras,
(assim, sempre fossem espelho como hoje as vejo...)
trazes quantas mensagens de quem já não vejo,
palavras queridas, saudades agora por ti vindas.

Sentir este que junto de ti tenho,
desabafos que te guardo dentro do coração...
segredos que me dás como canção
e agora de mim, leva-os para bem longe, correndo.

Levas meu rosto e quanto meu ser
no brilho do sol e na magia da lua.
Tu e eu, dois seres que correm como vida sua,
pois sempre nos encontramos neste sentido viver.

Valdemar Muge

COM A PRIMAVERA

Primavera que à minha porta paraste,
como é bom ter-te e ver que voltaste...
deixaste-me uma flor de amizade
do teu jardim de encanto e alegria,
é abraço que se não esquece, mau seria...
depois de teu desejo: que floresça a felicidade.

Flores primaveris, já não tenho para dar;
dessas, tão viçosas, já não voltam a dar...
pois a primavera, aqui, já foi com a idade.
Dou-te estas simples e sinceras palavras,
são flores que ficaram guardadas,
de quando da saudosa mocidade.

Primavera que vieste e vais embora,
agora, levas a minha ternura por aí fora.
Sejam recordações felizes, queridas,
duma amizade que fica para sempre,
e eu, com a tua mocidade ausente,
fico de ti, com a saudade agora vinda.

Com a saudade
de ti nascida.


NATAL


Caminhamos, e espalharemos fraternalmente:
Em cada olhar, um sorriso;
Em cada gesto, um afecto;
Em cada palavra, uma simpatia;
Em cada necessidade, a partilha;
Para cada coração, um carinho;
Para cada ser, uma fraternidade;
Para cada desejo, a paz fecunda.
Teremos em todos os momentos,
o Natal que desejamos em todos os povos.

Valdemar Muge