Saturday, December 22, 2018

MENSAGEM




Tenhamos:
Em cada encontro, uma amizade.
Em cada olhar, uma sinceridade.
Em cada sorriso, um afecto.
Em cada gesto, uma ternura.
Em cada tristeza, um conforto.
Em cada regresso, uma alegria.
Em cada mesa, uma partilha.
Em cada lar, o amor.
Em cada família, a felicidade.
Em cada vida, o espírito de Natal
que sempre permaneça nos corações,
em eterno reconhecimento de dádiva Divina
por tudo de bom que somos e temos. 

Valdemar Muge

Votos de um Santo e Feliz NATAL
                                                                                  

Saturday, November 24, 2018

DEPOIS DE ...




Depois do encontro, nos nossos corações
brilhou a luz da esperança, da alegria;
Depois do diálogo, nas nossas almas
nasceu o fluxo da amizade, o desejo;
Depois da convivência, nos nossos espíritos
floriu o amor, a paixão.
Depois destas nossas partilhas,
a união de nossos seres na vida.

Percorreremos os caminhos da verdade e do afeto,
para encontrarmos o destino do amor e da felicidade
nas manhãs das rosas que desabrocham
e a luz que brilha nos corações que se amam.

 Valdemar Muge

Friday, November 16, 2018

O AMOR



Aquele que ama o semelhante,
se amará a si próprio.
será recompensado com a felicidade à sua volta.

O amor é fonte de partilha, de carinho,
de afeto, de união, de perdão.
É fonte de água em constante
alimento da seiva da vida.
É luz, é chama que ilumina as almas;
é espírito que flui nos corações dos seres
de boa vontade e fraternidade querida.
O amor é alimento da palavra de diálogo, de dádiva:
assim, vai rejuvenescendo,
vai crescendo, se vai eternizando.

Não deixemos secar a fonte de partilha e de carinho,
para saciar todos os povos;
Não deixemos apagar a luz e a chama
que ilumina a nossa alma,
para que o mundo seja sempre ilumina com a verdade.
Não deixemos silenciar o diálogo e partilhar a dádiva,
para que sempre haja harmonia, paz e amor.

                             Valdemar Muge

Saturday, October 27, 2018

CONSTRUTORES DO TEMPO



Foste construtor do teu tempo.
Viveste o tempo da tua felicidade e paixões tidas;
das palavras da alegria sentida
que se expandia do coração,
na amizade conquistada;
dos abraços da fraternidade,
do amor, do carinho partilhado.
Construíste os sonhos imaginados
que da alma floresceram;
a essência que abraçaste com generosidade na dor,
na paz, no amor.
Viveste a tua primavera, a tua saudosa mocidade;
espalhaste as pétalas que floriram em teu coração,
e amaste a vida com  todos aqueles que a partilhaste.

Agora, esse tempo te passou.
Percorres o teu Outono:
Abraças a frescura da brisa que passa
no colorido das folhas caídas que te vão moldando;
ouves o murmúrio das águas
que te segredam saudades contidas;
guardas os sorrisos que por ti passam,
restos que ainda perduram.

Estás no tempo das palavras sentidas,
das palavras silenciosas brotadas da alma,
das que ainda não foram ditas, mas queridas,
em poemas moldados de pétalas,
que sempre ficarão em eterno abraço de saudade.
                                                                                            
Agora, no teu silêncio,
no êxtase envolvido no teu corpo,
e a saudade na tua alma,
percorres os tempos por ti passados
e os sonhos que ainda alimentas.
És e sempre serás, o construtor dos teus tempos,
porque eles sempre viverão no teu coração.          

Valdemar Muge 

FOI PARA VÓS



Foi para vós que fiz meus versos, que os cantei,
e sempre que puder sempre o farei!
Foi para vós que clamei o grito do desespero
pela miséria encoberta nas vestes que proliferam;
pela dor causada das guerras sangrentas,
mutiladoras de vidas humanas;
pelas mortes de inocentes abandonados,
dilaceradas das injustiças cometidas.

Foi para vós que os dias me foram mais longos
para poder cantar a beleza da natureza;
para poder cantar a graciosidade e o encanto
da gente desta terra minha tanto,
que por mim passa e que é querida;
para sempre poder dizer este meu sentir
que sempre para vós direi:
"Em qualquer dia, sois verso;
em qualquer hora, sois amor;
em qualquer minuto, fraternidade;
em qualquer momento, amizade."

Que este meu sonho não mais se acabe,
esta voz não se cale,
este sentir sempre flua no meu coração!
Meus versos sempre para vós se ouvirão,
minha voz rasgue os ventos do silêncio,
e minhas mãos espalhe o perfume da natureza
que flui á nossa volta,
nesta ânsia de saciar esta fome de sempre para vós cantar
e este afeto vos dar.

Valdemar Muge

Saturday, October 06, 2018

SUBLIME DESEJO


Somos uns inconformados neste viver.
Quando algo não temos, desejamos o ter;
quando temos, procuramos melhor ser.
O ser humano, anseia sempre ter afeto e amor:
desejo natural de felicidade que procura viver.

Envolto no vento, com ele por além segui,
tanto de belo que vi, mas esse amor querido, não o senti;
atravessei horizontes,
caminhos desconhecidos, rios e montes,
mas que amor esse que voava, voava sem mim!
Cobri-me de luz:
Iluminei flores que desabrochavam para a vida,
dei brilho a sorridos e claridade a corações queridos,
mas não encontrei o que procurava, enfim.
Mas onde estaria o amor que precisava?
Vesti-me então de carinho, de afeto, de simpatia, 
e então sim!
Como o vi, e como ele tão perto estava de mim.
Encontrei-o em cada gesto de cordialidade,
de afeição, de partilha do coração.
Vi que nunca estaria longe...
estava em cada gesto, em cada perdão;
em cada afectuosa atitude,
em cada querer de dar e amar, vindo do coração.

Mas que maravilhoso sentir este do amor,
que nasce de um pequeno coração
e é capaz de abraçar o mundo inteiro,
todo o ser, seja de qual raça for;
conter uma infindável felicidade e perdão,
e afagar quantas lágrimas sentidas de dor.


Valdemar Muge

Sunday, July 15, 2018

OVAR, TERRA FLOR PRIMAVERA




ÁGUAS IMENSAS de horizontes longínquos, daqui vos vejo a marejar...
Sois berço onde o sol se põe reclinado ao som das tuas ondas, adormecendo, embalado se vai, se vai...
Vejo-te do cimo desta terra minha, que quanta já foi tua e me deste para terra de encanto meu, e a possa amar neste meu viver que aqui nasceu.
Águas deste mar infindo, afagai este canto que mando e gratidão deste meu sentir. Mas reparai, não tenho forma e jeito tanto de versos fazer, que mereça tão grande carinho que por ti sempre quero ter.
Esta é a terra florida que destas águas salgadas nasceu, a terra afagada na brisa das suas ondas, que vaidosa se espraia no espelho das suas águas, e se alimenta de quanto do que é teu.
É a terra de quando pelo mar banhada, a ofereceu; e de quando isso aconteceu, a lua numa noite de encanto seu, a beleza espalhou á ria que até aqui cresceu, o sol deu-lhe mais luz e cor á sua natureza que formosa se tornou; as aves encheu-lhe de melodias, cantando o que Deus criou; e a aragem moldou o mais belo sorriso, nas belas varinas desta terra, que dela sou!
Nas tuas brancas areias que se espraiam até ao mar, rebentaram as raízes que iriam fortificar as árvores semeadas por um povo que se expandiu, um povo cordial, amigo e fraternal; um povo de fé, de esperança da vida vencer, de alegria na alma de amar querer, que pelo areal desceu e a vida venceu.
Um povo que vê esta terra como sua, que nela quer trabalhar e as sementes cultivar; os frutos colher; as fábricas produzir; a sua vida nela viver! Mas quanto dele também sofre com a mágoa na alma, ao ver quantos dos seus filhos dela saírem por não terem aquilo a que tinham direito e querer... eu, aqui fiquei, livre, para poder cantar esta terra primavera, povo dela que comigo canta!
Esta é a terra primavera á beira-mar debruçada, flor silvestre nas areias brotada, papoula garrida coberta de iodo deste mar que é seu e meu!
Terra primavera que tens praia com ondas da cor do céu, com espuma de brilho de prata e búzios que se espraiam das dunas ao mar: que guardam os alegres sorrisos das crianças, brincando; as ternas caricias dos apaixonados, amando; a felicidade dos que te procuram e desejam o teu encanto e prazer, te querendo; a saudade de todos aqueles que em tempos contigo viveram. São mimos que te procuram, são belezas que tu acolhes...
Eu te chamo flor minha e sempre o será, pois minha voz sempre a cantará!
Não haverá terra mais minha, flor brotada na primavera nascida, igual que tanto encanta, só tu! (pois quando dela falo desta imensa afeição que em mim vive, este sentir na minha alma se levanta!)
Assim, este povo foi descendo dos seus bairros, descendo até ao mar nesta terra prometida, ao encontro do mar para suas águas rasgar. Foi conquistando a terra: deu-lhe o louro do milho e a brancura do trigo; rasgou caminhos e construiu lares; rasgou águas e descobriu novos horizontes daqui desconhecidos; cultivou desejos e arrecadou amizades.
Povo este da beira-mar, nascido com o iodo do seu mar e o encanto de saber amar, com a graciosidade da beleza e a felicidade no seu coração.
E neste já reclinado dia que daqui o vejo, quando o sol se prepara para nestas águas adormecer, deixando um abraço neste mar e terra que a sua luz lhes ilumina, embalado, eu, como ele, abraço esta natureza que no meu peito encerra; esta paz que nasce na cristalina e fresca água das suas fontes e se desliza nos rios que silenciosamente vai correndo por entre o verde harmonioso da natureza; abraço os sorrisos de luz que afloram das almas felizes e se estendem a todos em abraço fraternal.

Valdemar Muge





Saturday, June 09, 2018

PARA ALÉM DAS ESTRELAS



Para além das estrelas,
quanto imenso amor foi, carinho, amizade...
aqui ficou a saudade
dessas vidas queridas, idas,
tão sentidas, nesta triste realidade.

Para além, foi a suavidade do teu olhar,
dos teus carinhos, do teu amar;
foi a luz dos teus sorrisos,
a frescura dos teus beijos, a vida de um ser...
aqui, ficou a saudade no meu viver de não te ter,
e sempre te querer na vida que passa
nesta dolorosa tristeza que me enlaça.
Então, um dia nos encontraremos!
Também irei para além dessas nossas estrelas,
as estrelas da Paz, do Amor, da Felicidade...
(a essência da vida,)
nas nuvens do destino.
Seguirei com as minhas pétalas sofridas,
essas, que aqui habitaram;
juntos, as espalharemos transformadas em amor e paz infindos;
e com esse novo e nosso Amor encontrado,
dele brilhará a luz da Vida na alegria e felicidade,
amor que não precisa de palavras,
mas os espíritos em fraternal e infindável união.

Aqui, no silêncio da terna saudade,
ficará o perfume da poesia espalhada,
como nossa querida recordação deixada.
                       

                          Valdemar Muge

Sunday, January 21, 2018

ERA UMA CRIANÇA


Era uma criança que sonhava...
Sonhava com as suas fantasias,
com as suas poesias.
Ela sonhava que iria percorrer o mundo,
cantando, sorrindo para todos,
amando quem encontrasse.
Iria construir pontes de amizade,
abraços de cordialidade,
sóis de felicidade, luas de amor.
Iria navegar para espalhar a paz onde chegasse,
semear campos de flores e de trigo,
abrir fábricas de trabalho e harmonia.

Era uma uma criança que sonhava...
com sonhos de auroras de esperança
e vidas de primaveras...
e hoje, talvez ainda sonhe junto de nós,
por um mundo melhor... 
construindo a sua história para contar,
e sempre a recordar.

Mas, aquela criança quanto de estranho pensava:
que quanto mais sonhava,

tantas quantas realidades não se concretizavam.

Valdemar Muge