Saturday, September 21, 2013

DAS SINGELAS FLORES

       

       Das singelas flores,
deixamos nos seres o pólen das carícias;
Nos corações que nos esperavam,
deixamos o fecundo amor florescido;
Nas almas que encontramos,
deixamos o espírito que transportamos.

As noites eram aconchego, abrigo
das ansiosas vozes desejadas...
Preludio de irmanada amizade,
semente cultivada para quanta felicidade!
Nos novos dias iluminados, eis o fruto colhido
nos olhares e abraços encontrados
de quantos desejos nocturnais.

Foi nuvem que correu,
nela seguimos,
vivemos,
amamos...
Foi nuvem que pousava,
fecundava
em cada coração,
desejosa união...

Foi água nascida que correu de quantos sonhos
iluminados por quantas Estrelas dessas noites...
Foi colheita de quantas flores de amizade
que floresceram, depois durante os dias...

Agora, percorremos a solidão
e o que vemos no chão,
são pegadas de saudade de quanta amizade!

(... só falta dar de beber à raiz,
para que a Árvore renasça e floresça feliz!)

            Valdemar Muge                                                                 

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