Das singelas flores,
deixamos nos seres o pólen das
carícias;
Nos corações que nos esperavam,
deixamos o fecundo amor
florescido;
Nas almas que encontramos,
deixamos o espírito que
transportamos.
As noites eram aconchego, abrigo
das ansiosas vozes desejadas...
Preludio de irmanada amizade,
semente cultivada para quanta
felicidade!
Nos novos dias iluminados, eis o fruto
colhido
nos olhares e abraços encontrados
de quantos desejos nocturnais.
Foi nuvem que correu,
nela seguimos,
vivemos,
amamos...
Foi nuvem que pousava,
fecundava
em cada coração,
desejosa união...
Foi água nascida que correu de
quantos sonhos
iluminados por quantas Estrelas
dessas noites...
Foi colheita de quantas flores de
amizade
que floresceram, depois durante
os dias...
Agora, percorremos a solidão
e o que vemos no chão,
são pegadas de saudade de quanta
amizade!
(... só falta dar de beber à
raiz,
para que a Árvore renasça e
floresça feliz!)
Valdemar Muge
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