Tu que passaste por mim,
e rias,
rias do que vias...
Das
meras aparências
moldadas
para consolo da vista
e
uma aparente oferecida felicidade.
Tu,
que por mim passaste
quando
nas geladas nuvens das insensibilidades,
não
viste gravadas as verdades
nas
pedras das ruas, as lágrimas que vi!
Olhai
e vede nos espelhos partidos, caídos,
as
faces doridas com as cicatrizes marcadas!
Vede
os rastos deixados, sofridos,
sulcados
nas pedras das recalcadas dúvidas!
Para
onde vamos? Para onde?!
Com
tanta amargura e desespero constante!
Riem-se,
riem-se pobres insensatos!
Se
ao menos os vossos risos,
quão
impertinentes,
alegrassem
as faces moribundas!...
Mas
não,
tudo
isso é vão.
Eu,
já nem lágrimas tenho
para
derramar nas árvores da esperança,
só
vejo os velhos troncos da incerteza.
Já
não tenho força,
para
correr com o vento
à
procura das águas das futura confiança,
para
banhar a terra desflorada, abandonada,
e caminhar
no chão das verdades prometidas.
Aqui
fico...
Aqui fico, desiludido...
Valdemar
Muge
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