Saturday, April 10, 2021

QUANDO APANHO O ORVALHO

 


      QUANDO APANHO O ORVALHO...

 

   Quando pelas manhãs, apanho as rosas de orvalho,

      trago-te as auroras perfumadas que despontam,

      porque essas,

      têm o aroma das pétalas adormecidas que esperas;

      apanho as estrelas orvalhadas das noites luminosas,

      as que têm o brilho transparente da candura

      para as depositar no teu coração,

      e aos teus olhos, esse encanto brilhar;

      apanho a fresca água orvalhada das fontes,

      essa pureza cristalina mesmo pouco que seja…

      nela, trago a frescura do renascer, 

      para os teu lábios saciar,

      que ansiosa me aguardas,

      para que me afagues, me acaricies, sorrindo.

 

      Pelas manhãs, quando sempre te trago o orvalho,

      aquele que tem o brilho das manhãs de amor,

      de afeto e de felicidade...

      o orvalho que alimenta a vida da fraternidade,

      arde em mim, o fulgor do amor, e da vida,

      onde essa chama sempre brilhará o espirito,

      sempre iluminará os dias solares amados,

      e as noites estrelares da poesia.

 

Inundados com o partilhado orvalho e os corações felizes,

polvilhamos os alegres dias de amor renovado.

Com o aroma das rosas orvalhadas,

ouviremos a cotovia;        

e com o brilho transparente das estrelas,

sonharemos a vida.

Assim, ficamos inundados na claridade do Amor,

que a alma se exaltará de alegria, cantando.


Valdemar Muge                              

No comments: