NO LONGO CAMINHO
No longo caminho que percorri,
subi ao alto da colina que me esperava,
parei, meditei, permaneci:
Meu olhar abraçou a dádiva da vida,
e vi por quê o coração sentiu e amou;
olhei o brilho vindo do céu que quanto me iluminou e acariciou,
esse resplendor de Luz que me seguiu e amparou;
as Estrelas que me indicaram o caminho,
maravilha e mistério este que extasia e seduz,
lá deixei louvores a quem criou tamanha natureza,
esse Universo infindável de excelsa beleza.
Além, do horizonte que desponta, estará a paz desejada,
o renascer esperado, a Aurora da esperança,
a continuação para a caminhada do Amor da nova Aliança.
Ao poente, pela planície que desliza até ao mar,
nos caminhos percorridos, os sulcos da vida são memórias;
o bailado colorido das alegrias e felicidade tida, são histórias;
são memórias que ficaram dos sorrisos de simpatia
com os olhares de ternura, serão sempre vivas recordações;
o alegre cântico da criança, rindo e brincando,
e a saudade do idoso, são quantos afetos passados.
A mocidade, essa sonha e corre,
vive enquanto o tempo não lhe foge.
Vi o suor do homem no sangue da terra,
germinando o pão da vida,
vivo louvor que os corações encerra,
e a flor ainda com o orvalho do sonho que o sol lhe reluz,
esse encanto oferecido da natureza que seduz!
nos rostos, as lágrimas das saudades havidas
por quem que pelo mar partiu,
e na mansidão ao por-do-sol nos mostra e sentiu
o reflexo da paz e da suavidade, no sentir dos corações,
esse reflexo do espírito na grandeza da vida.
E neste sentir que me acolhe,
caminho enquanto este tempo assim me deixar:
levarei em meus passos, tudo isto que vejo, cantando.
Direi ao vento o meu propósito, sempre a todos amando,
e ao sol, o meu destino mesmo que seja de poesia com Amor,
porque aqui ou além sempre Te chamo, e contigo irei, Senhor.
Valdemar Muge
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