Vem amigo,
juntemos-nos ao brilho da luz que se
espalha nas pessoas:
com ele, abracemos com amizade os
corações que passam,
verás então, como elas felizes nos
enlaçam;
guardamos os afectuosos sorrisos das
faces trigueiras
e do terno olhar de verde mar, das
varinas que aqui habitam:
verás que seremos adejados com a
alegria da felicidade encontrada.
Vem comigo,
pelo amanhecer de cada dia,
verás o encanto a renascer, a
serenidade, a beleza desta terra:
ela tem o desabrochar das pétalas de
sonhos
que os corações destas gentes brotam
em cada olhar,
em cada sorriso que lhes vem e que
recebemos;
tem a essência em cada gesto que sai
da ternura,
do afecto, que dia a dia partilhamos;
da dádiva de amor em cada manhã que o
sol nos aconchega,
em cada noite que as estrelas nos
protegem, a alma iluminando.
Vem comigo!
Sentiremos o
odor da aragem permanecida:
Viver aqui,
tem-se a essência do mar nesta aragem
que ele nos
sopra com o som das gaivotas, voando;
vem deliciar-te
no quadro que a natureza criou junto á ria
onde povoam as
imagens de sentido poético,
onde a lua se
reflecte e o sol as águas acaricia,
como uma magia;
vem deliciar-te
desta terra,
onde as flores
têm o aroma da dádiva da amizade,
e os frutos, o
cheiro do ardor do trabalho lavrado;
onde o cântico
de Paz e da cordialidade ecoa,
e a Luz brilha
aos olhos de quem anseia a felicidade.
Vem! vamos ver as flores desta terra que o amor faz desabrochar, e os
frutos que as mão cansadas à terra semeou: são raízes da minha terra que vos canto, que vos ofereço amando, porque
outra não tenho, outra não sei amar, cantando.
É
a minha terra humana, na qual me deito e que tanto está dentro do meu peito. Ovar!
Valdemar Muge
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