DOCE PRIMAVERA
Mas que ar este que se respira,
que aqui mora,
que me embala e consola!
Parece brisa com
cântico de Primavera
ou suave bálsamo de alegre melodia;
bendita aragem que aqui
passou,
para que esta frescura que aqui
ficou,
seja este leve e doce aroma que se instalou.
Razão esta, desta essência que
aqui se vive,
que faz nascer aromas em mim,
e afetos que o coração sente?
Agora, sei a causa que
esta é:
são encantos que vêem de ti,
são aromas que
não se vêem,
verdades que não
mentem,
mas sei que os
tenho,
e tanto eles se
sentem em mim.
Porque será que as Primaveras
continuam a
florir em mim
com afetos que resplandecem?
- Mistérios da natureza, esses em
fim.
Agora sei que vêem de ti, esse
espírito primaveril,
mesmo o
tempo do Outono que amanhece
que não deixa de
nos querer aparecer...
São pétalas queridas que desfolhamos
ao amanhecer
e com elas, nos cobrimos ao
anoitecer,
num doce e meigo amor transparente.
Este bálsamo que
nos encanta e aquece,
é porventura
doce amor que jamais arrefece,
nesta cativa primavera que a música nos
embala
em doce e eterna
melodia que dentro de mim exala.
Valdemar Muge
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