Como
queria ver nos rostos,
mais
sorrisos e mais afetos partilhados,
porque
tão poucos agora os vejo,
tão
poucos os encontro e quanto os desejo.
Que
bom se fosse possível,
a
aragem de ternura e da felicidade
se
envolvesse nos seres angustiados e infelizes:
pois como tantos
são os que vejo nas ruas da solidão;
na
juventude desorientada e viciada, perdida;
nos bairros que a
pobreza prolifera
onde
a escura nuvem encobre e amortalha
a
angústia e a miséria.
Como
queria mais sinceridade,
mais
amor entre as pessoas!
Mas
para onde teria ido tais virtudes?
Teria
o vento as levado,
ou
as águas do rio para o mar as navegado?
Angústia
a minha, que não sei onde as encontrar...
pois
quantas vezes elas são perdidas ou é roubado,
voa
dos corações que não as conseguem guardar,
e em vez de amor, fica a
triste desilusão a habitar.
Juntei um abraço
de rosas de primavera,
porque
a natureza deu-lhes a fragrância carinhosa
em
forma de pétalas de sonhos e afetos de vida,
para
as ofertar a toda a gente querida...
procurei
as bocas com sorrisos de amizade
e
com palavras de afetos e simpatia,
para deixar nos lábios o aroma da
primavera,
polvilhando
a doçura da ternura querida...
e
quanto meu coração trouxe para espalhar
onde
tanta carência habita e tanto amor falta dar.
Creio na vontade
de haver mais amor nos corações,
mais alegria, mais
carinho, e tudo isso sempre espalharei,
porque em tudo
isso creio,
e porque amo, tudo
isso quero partilhar!
Porque somos
espírito de Deus, espírito do Amor,
nos caminhos da
Verdade, da Justiça e da Vida,
dádivas para a
todos ofertar.