Saturday, January 07, 2017

SEMPRE CANTAREI AS ROSAS


Não querem que eu cante mais as flores!
Não o posso fazer!
Não posso,
porque sei que as rosas nascem no meio
da felicidade e do amor,
no meio da alegria e da tristeza,
por isso tenho que cantar esse nascimento de louvor!
Quero estar no meio das rosas,
no meio da essência,
no meio de tudo que elas embelezam
e acarinham a vida!
Eu sei que as rosas te acompanham, te afagam,
porque estão no cântico das palavras sentidas,
e no afeto das tuas mãos.
Elas têm a tua delicadeza,
os teus sorrisos, o teu encanto,
por isso, quando as tenho, tenho o teu sentir.

Mas como posso não cantar as flores,
se vejo os lírios da dor,
nas pedras ensanguentadas dos crimes cometidos;
se vejo açucenas nos charcos da miséria e da droga,
nas lágrimas e na dor,
a suavizar esses dias indesejáveis e trágicos,
para que a angústia existente desapareça
e a esperança traga aos corações
futuros dias de felicidade.
Abraçarei sim as flores e sempre as cantarei,
porque elas comigo estão, aqui e ali,
companheiras dos meus dias,
da alegria, da felicidade e da tristeza,
que para mim e para ti nascerão!

Pudesse eu ser vento ou aragem,
pudesse ser luz ou luar
para as flores espalhar a todos vós,
neste encanto de poesia,
um grande regaço de pétalas de carinho e amor,
vos daria,
para que houvesse um mundo melhor de paz e concórdia!

Valdemar Muge 

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