Na aurora deste novo dia,
nasceu uma criança:
o filho do amor, da
reconciliação, da paz.
Alegremos!
Uma estrela pousará numa nova
vida,
uma luz brilhará numa nova alma!
Aleluia!
Será uma vida que quererá amar,
quererá a felicidade viver,
cantar;
uma vida que quererá as asas do
pássaro da paz,
para percorrer a liberdade
desejada.
Quererá ter os búzios para ouvir
a voz dos mares
que amaciam as areias e onde
pousa o sol,
dormindo embalado;
quererá desfrutar a voz do
silêncio da natureza,
e sentir o aroma das rosas e o
cantar do trigo, semeado.
Uma vida que quererá a rota da
ventura:
que poderá ser de felicidade,
áspera e dura.
Uma vida que quererá ver a água
nascida, renovada,
que purificará os corpos, fonte
da vida dada;
quererá louvar o fruto nascido,
esperado,
em sinal de hino há vida,
cantando e louvado.
Aleluia, aleluia!
ele se reparte e quanto não nos
enlaça;
é rio que corre e não mais volta;
é sonhos que nele vão, que se
perdem, e já não são.
Nas águas do tempo que corre,
foram espelho das imagens
idealizadas,
quantas que foram, eram,
mas vida não deram...
agora, saudades sentidas ficaram.
Fica a melancolia com a nuvem que
pousou, desceu,
fica a tristeza dum sonho que não
nasceu...
mas outros virão,
outros nascerão ao sol que há-de
brilhar,
e serão construídos com amor, em
castelos de paz...
Porque ele luta pelos seus
sonhos, e sempre lutará,
porque não quer ser o filho das
chagas
e da dor dos incompreendidos;
não quer ser o caixão das
lágrimas,
das derrotas e das prisões;
não quer ser o encontro das
misérias
e o espectador das falsidades!
As nascentes brotarão a água da
paz e da concórdia,
e as rosas cobrirão as almas de
felicidade.
Acredita e vai, que os sonhos se
realizarão!
Vai com a luz da vida, da
esperança, da fé!
Aleluia, aleluia, aleluia!
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