Quantas palavras escrevi que delas nasceram
flores queridas de amizade de
carinho;
quantas nasceram do meio das áridas
escarpas
e floriram açucena de reconciliação e
gratidão.
Quantas palavras nasceram nas
revoltas ondas
e o mar se transformou em suaves
águas marejadas.
Quantas palavras cantei: de amor, de
paz, de fraternidade,
para nascerem frutos de alegre
felicidade.
Quantas palavras foram escritas
que denunciavam o ódio e a maldade,
a ingratidão e a injustiça:
elas soaram no tempo,
atravessaram a tempestade,
e quiseram trazer a bonança, a
felicidade;
das nuvens do silêncio, vieram,
choveram quantas de dor e sofrimento,
ao encontro do bálsamo da suavidade e
conforto.
No tempo solar, quantas palavras
viveram,
do coração foram escritas com
ternura,
com afeto, com carinho:
assim foram espalhadas,
foram partilhadas para todos aqueles
que de boa vontade as quiseram
receber.
Mas quantas ainda andam na rua,
vagueando,
transformadas em pétalas de poesia,
(acreditem que são queridas,)
à espera que as apanhem e as guardem
carinhosamente...
Reparai, que elas vão ao vosso
encontro,
querem o vosso conforto,
vos querem abraçar em fraternal
amizade.
Quantas palavras nasceram,
e quiseram ser o que sonharam:
algumas, dos sonhos viveram, outras,
mortas ficaram.
Quantas quiseram ser,
o que os sonhos idealizaram para
viver,
mas só o foram o que poderiam ter,
porque mais além, não puderam ser.
Não sei se vos agradei, tudo aquilo
que vos dei,
mas só assim é que soubestes o que
sou e sempre serei.
E assim, sozinho, com as minhas
palavras,
só para mim não as fiquei:
delas partilhei,
vos cantei e sempre elas convosco
estarão
em eterno e querido abraço, ficarão.
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