No tempo que o
tempo me viu,
(e tanto foi)!,
que meu ser nele sentiu,
quanto sentir permaneceu,
neste meu viver:
Tive silêncios que se transformaram
em fontes de alegria, de amor, de paz
na partilha com todos aqueles que
comigo viveram;
tive rios de saudade, de tristeza, de
melancolia
que deslizaram neste meu viver,
de todos que me faltaram e que me
amaram;
tive o universo da natureza no meu peito,
dele brotaram as flores, as
madrugadas, as estrelas,
e essas maravilhas em mim
resplandeceram;
tive um mar de sorrisos, de afetos,
de carinhos que brilharam na vida,
que iluminaram minha alma.
As palavras da primavera moraram
dentro de mim:
o maravilhoso renascer da vida,
a tudo isso catei e amei...
Agora, o outono desponta
e a serenidade dos dias da saudade
vão passando
na natureza que se vai desfolhando.
Por cada dia que passou,
por cada dia que convosco tive,
e por Quem tudo me deu,
sempre louvarei a alegria da amizade,
do amor, da paz.
Um dia virá que as lágrimas me
correrão com a saudade
de tudo que senti, que possuí, que
partilhei;
o coração sentirá a dor da despedida
dos vossos sorrisos,
dos afetos, das amizades... Mas como
foi efémero!...
Mas um dia virá, que hei-me encontrar
na alegria e a paz infinita,
a Luz que sempre brilhará no
espírito, em Quem acreditamos.
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