Como a natureza está triste!
Na cidade, a tristeza permanece nos
corações
e na chuva que nela cai, as lágrimas
se confundem
no sentir dos seres que aqui ficaram
ao verem imigrar quantos seus
queridos,
para outras terras distantes.
As lágrimas da saudade, caem na
cidade,
porque ela não foi capaz de
aconchegar
a sua juventude e com ela ficar,
com ela o trabalho partilhar.
A natureza está triste, e, sempre
triste ficará
enquanto for preciso as pessoas terem
que procurar trabalho para bem longe,
seres que ansiavam a sua proteção
e o progresso da sua terra natal!
Ó gente acordai!
A cidade chora, ela está a ficar
vazia…
nas ruas, tantas são as lágrimas de
saudade e de dor!
As lágrimas inundam a cidade,
e as almas, no silêncio, apelam à
piedade.
Os filhos da cidade, dela se
despedem...
quantos já nela não povoam!
As raízes que aqui ficaram,
vão-se secando com a falta das vidas
idas...
como pode haver renovação da vida sem
vidas?!
A cidade chora!
As lágrimas caem, ao ver seus filhos
da pátria saírem
sem os conseguir amparar.
As lágrimas
que caem destruirá a cidade
e a saudade
abalará os corações que ainda aqui estão,
e o sangue
do desespero derramar-se-á no chão.
Tenhamos a
esperança que novos dias resplandeça
nas cidades
empobrecidas;
as lágrimas
desapareçam
e o sol da
fertilidade
brilhe em
todos os corações então desanimados!
Acordai
gente!
A felicidade
há de surgir nos povos desta cidade
e as
lágrimas secarão nos olhos da esperança
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