Procurei-te por
tão longe, amor,
e afinal tão perto de mim estavas;
tanto procurei a ternura e a felicidade
e ela ao encontro me veio, é verdade!
Como estava ávido da luz que propaga
no doce olhar feminino de uma carícia;
na lágrima do amor que suavemente desliza
entre dois corpos queridos que se afagam;
sentir a respiração, doce e com ardor,
da alegria, da vida, do amor!
Já não importa ser pássaro, água ou brisa,
tudo corri para te encontrar, tamanha liça!
Agora, somos dois seres que se querem,
ao encontro vieram e junto felizes serem.
Sei que encontrei o fruto prometido;
a água para saciar o coração fumegante;
a musa para a canção adormecida, errante.
Encontrei a semente para o pão desta vida,
na mesa, juntos, saborearmos a fruta tida.
Enfim, encontrei a flor que ainda desabrocha,
pois ela brota o afago do coração, como rosa;
encontrei os sonhos acalentados de amor,
no orvalho da manhã, vindos daquela flor.
O pássaro da solidão já longe voa, fugindo,
e a alegria do rouxinol, canta aos corações, vindo;
é a nova esperança que flutua com o amor
de dois seres confiantes no futuro promissor.
Valdemar Muge
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