GUARDO EM MIM
Guardo em mim, as carícias e a inocência de criança
envoltas nas ternuras maternais como querida herança;
os sonhos e as ilusões da juventude passada,
com o brilho das estrelas, esse encanto tido;
as paixões e as venturas na ansia do viver
com igual marejar das ondas do mar se deleitando;
na quietude da essência vivida,
os tempos de felicidade e amor
são pouso nos jardins que me floriram
nas auroras que nasceram ao abraçar a vida.
Hoje, nos silêncios de recordações,
serei essa criança, esse adolescente;
Esse ser que viveu de quantos momentos queridos,
porque os guardei amando-os e desejando.
Os outros, esses amargos e tristes,
navegaram na nebulosa do esquecimento
percorrendo fronteiras no perdido vento.
Guardo em mim,
as imagens que criei nos silêncios da esperança;
vivo com a felicidade do sentir nas vivências da existência;
o que fui,
serão recordações de quanto ficou do que se passou,
para agora mais o ser em tudo o que fui, o que agora sou.
Valdemar Muge
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