NÃO SEI PORQUÊ
Não sei porquê tantos desencontros,
tantas desavenças e guerrilhas,
tantas maldades e ganâncias,
tantas guerras e sangue derramado,
se tudo fica, a vida é efémera,
é uma passagem que depressa passa
que o Mistério á ciência trespassa.
Não sei porquê, se enquanto a vida existir, permanecer,
todos os seres poderiam conviver em paz e fraternidade,
em vez de corrupção, mas em lealdade,
em vez de crimes, mas em harmonia,
em vez de ódios, mas em amor,
em vez de derramamento de sangue,
em justiça, criar vida, bondade e ternurae.
O tempo surge e tanto tanto há, para amar:
em cada coração que á nossa volta passa,
esta natureza que nos enlaça,
o universo que temos para descobrir,
a paz do dia-a-dia para reviver,
neste curto tempo, que quanto temos para feliz ser,
e para nos corações haver mais primavera.
Valdemar Muge
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