O REGRESSO
O regresso à terra onde nasceste,
é festa da saudade que te cresceu,
da tida ausência que a vida te deu;
memórias vivas, jamais esquecidas,
guardadas... recordando-as, quantas te sorri,
mas outras, tristes, também as tiveste em ti.
Na ausência tida, o rumor do marajsr das águas,
da aragem, do vento da tua terra, te chamam:
porque nas tuas veias, corre o sangue da saudade
do teu tempo da mocidade que o tempo a levou;
porque tens a força criadora da terra, que aqui ficou,
o odor das árvores, do trigo, das flores que abraçaste;
tens os sorrisos, as palavras, tudo que amaste,
e quantas amizades que partilhaste,
essa vida onde nascestes e viveste
com o afeto do seu povo, os testemunhos da tua existência;
as raízes da tua descendência que esperam por ti:
é vida de que fazes parte, que se sente e existe aqui.
Quando, enfim, regressares, a naturezas te sorri,
o mar te cantará com as gaivotas a sua melodia,
o dia terá mais luz, e as flores mais encanto;
a andorinha te recebe e as gentes mais felicidade,
porque o amor á terra mãe, que nela nasceu, vencerá,
para ter o filho esperado que é seu.
Eu, farei parte dessa festa!
Cantar-te-ei aromas de alegria, ternura, harmonia.
Valdemar Muge
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