FOI DO TEU SILÊNCIO
Foi do teu silêncio, que guardei em mim,
os teus aromas e o florescer que há em ti,
terra minha, que sempre os terei para cantar;
Foi no teu silêncio, que encontrei o amor,
a alegria da felicidade, o alívio da dor,
que os guardo para sempre deles partilhar;
É no teu silêncio, que encontro as palavras desejadas,
as que canto aos corações para se tornam amadas,
que sempre as cantarei e para vós as darei.
No silêncio, encontro a essência que sou,
de onde vim, onde estou, e para onde vou...
para sempre convosco fraternalmente permanecer.
Anseio o tempo presente, o passado já está ausente...
quero as realidades, vivendo com as sinceridades
de todos e para todos com honestidade.
Gasto o tempo presente, amei o que passou em cada dia.
Amanhã, nascerá mais essência, mais crer de harmonia,
mais fraternidade, mais lealdade para a vida.
Quando a alma o silêncio não tem, precisa e pede,
esse sublime encontro de Mistério que se sente,
está serenamente no infinito embalo das ondas
adormecendo a saudade, (essa nostalgia carente,)
e despertando a alegria para a cantar suavemente;
no esplendor dos céus,
nesse mistério tão grandioso que nasceu,
e Divinamente nele cremose vive,
o que no espírito nos floresceu;
na maravilha da natureza que dela fazemos parte,
existência de vida jamais igualada e criada.
Encontro o suave bálsamo do silêncio,
num simples sorriso partilhado, numa ternura amada,
num gesto de amor, num olhar de quem seja for.
Abracemos esse Universo, e teremos a paz, o amor,
a felicidade que o espírito humano anseia e precisa.
Assim canto do silêncio, o encanto seu,
que este silêncio me deu.
Valdemar Muge
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