MAS QUE VENTO ESTE...
Mas que vento este, que de Leste vem:
trás
lágrimas de dor, e sombras de sangue
que
do céu cai, em choro lacrimoso de sentir angustiante!
Quantas
almas sofridas tem,
quantos
gritos atroz nele veem,
para que o Mundo acordar dessa fatídica sorte que essa gente tem.
Os
dias, se tornaram escuras noites de sangue e dor,
em
destruição e morte que o maligno procura e destrói!
Os
rios que eram silêncios de paz,
agora,
são ecos de guerra, que atroz os corações
dos
inocentes que só queriam viver na paz!
O
céu, tem as negras nuvens das bombas assassinas;
o
chão, tem as poças de sangue dos sacrificados e mutilados;
nos
escombros das chamas, os corpos sem vida dos vencidos
que
lutaram pelo direito á liberdade e pela paz então conquistadas;
nas
valas, caem os corpos amontoados dos gloriosos,
os
sacrificados dos loucos do poder a da destruição!
Como
é possível, no tempo de hoje, ainda haver tal aberração,
um
mundo que se quer civilizado e humanizado!
Vento
este que vem,
que
viu a paz e a liberdade sufocadas nos peitos dum povo;
viu
a coragem enfrentar a morte,
bandeiras
ensanguentadas a desfraldarem nos escombros,
vidas
a defenderem a sua pátria!
Mas
a esperança e a abnegação,
estarão
no grito heroico pela liberdade,
pela
razão, pela Paz desejada.
Que
venha novos ventos, os da paz e harmonia;
que
as noites traiçoeiras que trouxeram a dor,
desapareçam,
e surgem os harmonioso claros dias,
e
os rios cantem, cantem novamente a alegria de viver.
Este
povo que hoje teve de se separar:
uns
para as inocentes mães e crianças sobreviverem,
outros,
na Pátria ficaram, para a defender!
Este
povo, mais uma vez, o sacrificado à vista do mundo!
Estes,
que em tempos passos, os deixaram à fome e aniquilaram!
Que
os afetos se juntem novamente,
e
os abraços fraternos deste povo, se deem na paz.
As
guerras, nascem dos loucos
a paz, do respeito
e do amor.
Valdemar Muge
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