Sunday, February 20, 2022

SEMPRE ME DISSERAM OS MEUS OLHOS

 


SEMPRE ME DISSERAM OS MEUS OLHOS


Sempre me disseram os meus olhos, 

que queriam ser espelho para verem nos vossos, 

a felicidade espelhada vinda de vossos corações, 

e nos rostos, a alegria que dentro do peito vos sai, 

e não infelicidade e tristeza que em outros olhos vai, 

porque essas, se meus olhos assim as vissem, 

não seriam os olhos felizes que me aconchegam, 

seriam também olhos tristes de dor que não sai.  


Meus olhos sempre me disseram,

que vieram á vida para amar e ver:

Na sensibilidade á natureza, 

em cada mão, uma flor;

em cada vivência da humanidade,

um sorriso em cada gesto;

em cada fraternidade entre os povos,

uma amizade em cada abraço;

um carinho em cada coração

de todo o ser, seja de que raça for,

porque se assim não fosse, 

não valia a pena permanecer...

porque outros olhos de sentir diferente, não queriam ser.


Meus olhos, sempre querem ver, 

a beleza e a paz sempre assim ser!

Mas outros, talvez, assim não querem ser,

porque esses, não querem ver o Amor que os fez nascer.



Meus olhos sempre me disseram,

que um dia  queriam ir

ao Eterno céu estrelado de Paz e Mistério,

levar o sentir de todos estes desejos,

e lá, os ter, em rosas azuis de Felicidade e Amor.


E vós, que me dizeis do sentir dos vossos olhos!?


Valdemar Muge

Saturday, February 12, 2022

EXALTAÇÃO



             EXALTAÇÃO

Pela manhã, meu olhar,

enxuga o orvalho nas pétalas das rosas,

com a alegria de mais um dia para viver,

de mais um dia as ter, para a todos as oferecer.

Pelas manhãs, bebo o sabor deste viver,

a seiva deste crescer,

a alegria deste cantar.

 

Com as frescas mãos do novo dia,

vou ao encontro da terra criadora,

e do mar que alimenta e oferece;

de palavras que ensinam e de preces benditas,

aspergir alegria de ter mais um dia para viver.

Pelas manhãs, vou com o sentido envolto de esperança,

descobrir sorrisos de ternura que o olhar alcança;

descobrir abraços de amizade que flutuam,

e corações de felicidade que andam na rua.

São manhãs que renovenescem á vida,

que germinam amor, e flui beleza querida.

 

No repouso das tardes das manhãs de rosas

que construíram castelos de Poesia

que as manhãs fizeram nascer,

me aconchego com o sentir que dentro de mim floresceu,

onde guardo toda esta alegria de viver...

e então, até ao crepúsculo do amanhecer,

sonharei com as estrelas do meu crer.

Noites que as tardes deixam nascer,

deslizando nos silêncios da paz.

 

Em cada dia, com o sentir encontrado,

canto com a música das fontes, e do mar,

e navego  no vento ao encontro dos pássaros,

para a mesma liberdade ter e tudo amar.

Canto com a alegria da vida, com a felicidade;

canto de mim para ti,

ao encontro do novo amanhã de Paz e fraternidade.

 

Amigo, vem! Vem comigo,

 porque há sempre uma flor para exaltar,

um crer para acreditar,

uma palavra para cantar,

um coração para amar.

 

Valdemar Muge

Saturday, February 05, 2022

OS PEREGRINOS NO TEMPO

 


                              OS PEREGRINOS NO TEMPO

                      Somos os peregrinos no tempo.

                      Vivemos nos dias do Mistério da Vida.

                       Coabitamos com a natureza que dia-a-dia se transforma,

                       se renova no círculo da vida.

                       Cada dia, é uma imagem renovada e oferecida;

                       é uma Criação que nos deslumbra para a amarmos;

                       uma maravilha da Natureza, de que dela fazemos parte.

                       Mas o homem, nem sempre vê essa maravilha,

                       o seu olhar é fusco, a sua mente é adormecida:

                       é cúmplice da sobrevivência da natureza.

                       Não mudará por ele o tempo e a evolução da Terra,

                       mas ele, pode estimar e conservar os dons criativos

                       da sua evolução natural: esse, é seu dever!

 

                       O homem, na sua sobrevivência,

                       com a sua capacidade de inteligência e ciência,

                       é o que mais ama, que sofre, que cultiva a vida,

                       mas também o que mais destrói e a maltrata.

                       Em cada dia, ele vive cada sentir, cada vivência;

                       ele vive no tempo da renovação de cada dia.

 

                       Há dias que no caminho que se percorre,

                       encontra-se o homem ansioso,

                       o laborioso ao encontro da sobrevivência:

                       As suas mãos, anseiam o trabalho

                       com o desejo do diálogo do conhecer.

                       No seu rosto, (o espelho da alma,)

                       vê-se a imagem do sentir do seu coração,

                       a essência da alegria, da felicidade, da dor...

                       é a voz do seu ser, nos silêncios da vida.


                        Há dias de rostos de alegria, de satisfação,

de amor renovenescido, queridos,

rostos com sorrisos, com afetos, com felicidade,

mas quantos também, de tristeza, melancolia, desilusão,

rostos com lágrimas, com angústia, com infelicidade.

 

Há dias de rostos de saudosas lembranças,

memórias de sentidos queridos, belezas passadas,

de sonhos construídos e inacabados,

mas há sempre aqueles rostos de quantas esperanças,

ao encontro do fraternal futuro imaginado..

 

Há dias claros e límpidos, de silêncios que nos falam,

de aproximação de desnudado sentir da exaltação de Amar;

de ecos e músicas que o luxo da natureza nos aconchega,

que nos diz que o Amor nos acompanha e nos chama,

mistérios estes da natureza que nos chega.

 

Porque assim somos os peregrinos no Tempo,

é ele que nos vai renovando os sentidos dia-a-dia,

companheiros da jornada do Tempo da vida.

No Tempo vivemos, uma vida de sonhos e realidades,

e nele morremos, vida esta que jamais será exaltada,

mas sempre com a esperança do encontro de

Eterna Nova Vida,

porque felizes esses serão de a encontrar.

 

Valdemar Muge

AO AMIGO/A

 


                                              AO AMIGO/A

                       Amigo! Eis uma das palavras que nos trás tanto sentir.

Esse sentir, não nasce apenas com as cinco letras escritas,

não habita em nós apenas com o som da voz,

 seria melodia torcida no vento, água turva correndo no tempo.

 

Amizade, é como árvore que o tempo a faz crescer:

recebe quantos carinhos, quantos cuidados, 

para que os frutos possa ter.

Amizade, como tão simples é o seu nascer:

basta um sorriso a florescer, ou apenas um olhar a dar,

mas depois, é preciso crescer, é preciso partilhar.

 

São duas vidas onde há partilha de afetos,

de alegrias e tristezas,

e quantos sonhos e ilusões que a vida tem.

É fonte que sacia a sede do fraternal crer,

é grande como o mar que o mundo abraça,

é força que cresce na vida, que os seres enlaça.

 

Amigo! Palavra tão pequena de enorme sentir,

esse, quando entra no coração, não mais quer  sair.

 

Valdemar Muge