A PRIMAVERA E A ANDORINHA
Chove no dia que passa e chove no canto da tristeza;
ouve-se o ciciar do vento que passa por entre o arvoredo,
e o vento por desgraça, derrubou a jovem andorinha.
Aquela chuva pára, e o vento já longe passa,
mas a andorinha no charco, padece sua desgraça.
A primavera está triste e triste está a andorinha,
até parece que a primavera se vai embora,
por ver que vai perder aquela andorinha que chora.
Mas há sempre umas mãos ternas, que sara,
e um coração generoso que passa e pára:
a jovem andorinha do charco saiu,
e com o carinho encontrado, resistiu.
E a andorinha viu e sentiu,
que sempre haverá uma primavera,
hoje e amanhã,
que sempre florirá, e sempre se cantará,
enquanto houver umas mãos de ternura,
e um coração generoso de carinho que dure,
Valdemar Muge
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