Saturday, February 27, 2016

QUANDO O VENTO PASSA



Passa o vento e tudo nele leva e esvoaça,
que bom seria, se ele também levasse e aqui não ficasse
as maldades que povoam e danificam no tempo que passa.

Levai-as, porque não fazem falta,
nem saudade delas que aqui fiquem!
Limpai esse tempo de poluição de tantos seres
desavergonhados que por aí habitam,
gente que renuncia a paz e a não acreditam.
Ide o vento, deixai o tempo limpo,
e que venha as primaveras da renovação e da pureza,
para que aos corações da gente tenha a esperada beleza.
Deixai limpos os caminhos da fraternidade e da reconciliação,
para que reine entre os povos a fraternal união.
E desses dias mórbidos de então,
onde habitavam as nefastas sementes das prevaricações,
que desapareça com o vento que passa,
e fique os claros dias da pura harmonia entre todos.          
As fissuras deixadas, feitas e tão maltratadas
pelas raízes das ervas daninhas e venenosas, então criadas,
que fiquem limpas com o vento da justiça e da verdade,
e delas,
agora floresça as brancas flores da pureza e da concórdia.
A paz irmanada, agora florescida nestes novos dias,
seja iluminada com a luz das novas auroras
e que sempre guie os corações de todas as gentes.


                         Nesse vento que passa, não vou,
                         não é meu destino, nem meu escolhido!
                         Sei aquilo que sou!
                         Prefiro a sua ausência,
                         nem saudades dele tenho,
                         só quero aquilo que tenho,
                         o que apenas anseio.
                         Sei onde estou!
                         Caminho nos caminhos limpos,
                         mesmo com fissuras,
                         mas nelas, a crescerem as flores da verdade e da retidão.
                         Por aqui irei,
                         até que as estrelas me iluminem
                         e por elas seguirei.
                         No tempo presente, agora limpo, ficarei!
                        Viverei com as emoções que acredito,
                        da nova aragem do amor e da felicidade,
                        que o querer dos corações soube conquistar.

                        Valdemar Muge 

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