Sunday, February 21, 2016

O ESPALHAR DOS SONHOS


Espalhei os meus sonhos,
na terra, no céu e nos  corações queridos,
com o desejo de se tornarem em realidades tidas
na vida que sempre desejamos que nos seja querida.

Deixei nos corações encontrados: as palavras sonhadas,
os sentidos da alegria, da saudade, da amizade e do amor, 
para que florissem e se frutificassem em todos os seres
e a paz reinasse em todos nós.    
Semeei as sementes da natureza, dos sonhos tidos,
aquela que sempre desejei: a que dia-a-dia se renova,
louvando a luz que a cria e sem poluição,
para que o planeta sempre tenha a vida que todos merecem.   
Ergui ao céu os sonhos da esperança, do amor e da paz,
para que se espalhassem em harmonia universal;
deixei os gritos das denúncias e do desespero,
para que os silêncios não abafassem essas desgraças!    
Deixei o eco da música da alegria,
para que todos a ouvissem e ela fosse sentida nos corações
e todos se sentissem felizes e não mais tristeza tivessem.
Deixei no ar o meu sentir,
para que sempre fosse presença
e não mais fosse ausência nem saudade; 
de quando da minha ausência,
é que levarei de todos vós,
a saudade e a paz encontradas.
                          No espelho em que vos vejo, recordando,
                          ficam os doces sorrisos dos rostos que se cruzaram
                          e os momentos não menos queridos,
                          recordações daquilo que foi e agora saudades.  
                          Apenas deixarei a saudade da alegria,
                          para a quietude do espírito...
                          e o silêncio que se aproxima,
                          seja o repouso de meu cansaço. 
                          A arte porque passamos,
                          na que vivemos, na que amamos,
                          sempre viva na simplicidade dos corações
                          e na concórdia das gentes,
                          porque assim sempre florescerá a harmonia.         

                          Felizes são os sonhos que se tornam em realidades.

                          Valdemar Muge


1 comment:

Mar Arável said...

Que vivam as belas tempestades

e o vento para espalhar palavras
mesmo em verso
para deleite dos pássaros

Abraço poeta