Passa o vento e tudo nele leva e esvoaça,
que bom seria, se ele também
levasse e aqui não ficasse
as maldades que povoam e
danificam no tempo que passa.
Levai-as, porque não fazem falta,
nem saudade delas que aqui
fiquem!
Limpai esse tempo de poluição de
tantos seres
desavergonhados que por aí
habitam,
gente que renuncia a paz e a não
acreditam.
Ide o vento, deixai o tempo
limpo,
e que venha as primaveras da
renovação e da pureza,
para que aos corações da gente
tenha a esperada beleza.
Deixai limpos os caminhos da
fraternidade e da reconciliação,
para que reine entre os povos a
fraternal união.
E desses dias mórbidos de então,
onde habitavam as nefastas
sementes das prevaricações,
que desapareça com o vento que
passa,
e fique os claros dias da pura
harmonia entre todos.
As fissuras deixadas, feitas e
tão maltratadas
pelas raízes das ervas daninhas e
venenosas, então criadas,
que fiquem limpas com o vento da
justiça e da verdade,
e delas,
agora floresça as brancas flores
da pureza e da concórdia.
A paz irmanada, agora florescida
nestes novos dias,
seja iluminada com a luz das
novas auroras
e que sempre guie os corações de
todas as gentes.
Nesse vento que passa, não vou,
não é meu destino, nem meu
escolhido!
Sei aquilo que sou!
Prefiro a sua ausência,
nem saudades dele tenho,
só quero aquilo que tenho,
o que apenas anseio.
Sei onde estou!
Caminho nos caminhos limpos,
mesmo com fissuras,
mas nelas, a crescerem as flores da
verdade e da retidão.
Por aqui irei,
até que as estrelas me iluminem
e por elas seguirei.
No tempo presente, agora limpo,
ficarei!
Viverei com as emoções que acredito,
da nova aragem do amor e da felicidade,
que o querer dos corações soube
conquistar.