Água que passa na rua da tua vida,
que água esta será que silenciosa
levais?
Espelho este que de ti se reflete,
que me mostras,
que me dizes do sentir da tua gente?:
Será de chuva que a nuvem te deixou,
ou lágrimas de gente que a dor
derramou?
Será de fonte de que nascente cantou,
ou de rio que água perdida se
espalhou?
- Que não seja de lágrimas de triste
criança,
sem amor, de fome, e sem esperança
de ter um mundo de amor e afeto...
Senhor, se de dor ela for, que não mais
venha,
dai-nos-á para que criança só amor
tenha!
Que não seja de mãe infeliz, de
doloroso coração,
que a paz no seu lar não seja palavra
em vão...
Mas que exista a felicidade e pão.
Água esta que corre, de lágrimas não será...
porque se fosse de dor,
de sem afeto e amor,
ela salgada se sentia,
e de tantas lágrimas, a rua de
tristeza se enchia.
Que seja de chuva,
porque assim, seu povo, tristeza não
sentiu,
e a natureza, o abraço da chuva viu.
mas água que
do céu caiu,
para à tua
rua dar,
à tua vida
partilhar,
para feliz
correr até ao mar e o abraçar.
Em cada rua
da nossa vida,
bendita a
água que vida seu espelho reflete
os sentidos
que nos passam e se sente:
a que faz
renascer as flores que à vida despontam,
e a da
esperança, da dor e da felicidade,
que o
coração sente.
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