Nos monótonos dias que
passam,
é silente o tempo para os
corações cansados
que na vida quanto ardor a eles
dados,
e agora, descansam e meditam.
É o Outono que se aproxima,
e os cãs que povoam em cima,
neles são saudades que vieram e
ficaram.
Nos ofuscados declinados dias
chegados,
pouso no aconchego das vestes
sonolentas,
tão grandes e tantas,
que até parecem noites
decadentes.
Mas que vestes estas, ó destino!
Serei um pobre mendigo
nesta vida que pouso e sigo?
Não! Quero despir-me da triste
sonolência,
da velha manta da saudade
decrépita
que arrasta as almas à decadência
e os corpos à morte certa.
Quero deixa-las, abandona-las,
entregues no vale do esquecimento
e que fiquem na penumbra do
tempo.
Irei contigo, ó sorrisos de luz,
contigo, auroras de primavera!
Correrei vosso tempo que vos
encerra,
e serás braço que me conduz.
Irei contigo, tempo de poesia!...
Sentidos sublimes,
abraços queridos que se deseja e
sentem,
elos que os corações eternamente
querem.
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