Não me digam que por vós passei,
sem nada sentir.
Mas como poderia isso eu ser,
sem nada dizer ou fazer?
Como posso assim ser,
se todos vos trago no coração.
Todos os dias quando por vós passo,
e o vento me enlaça,
meu ser esvoaça,
e com ele sempre vos abraço;
com a brisa, me envolvo
e com ela vos acarinho;
com o sol, sempre levo o calor
para atear nossa amizade;
à noite, com as estrelas me ilumino
e a luz sempre brilha nos nossos
olhares!
Assim, quando por vós passo, deixo
minha saudade,
meu sentir a todos de quanta amizade
querida.
Tomara eu nas águas do mar caminhar,
também abraçaria todos que para lá de
lá estão:
com a brisa do mar,
os corações abraçava
em querido afago de saudade;
tomara eu, para além do horizonte
chegar,
não me esqueceria de todos que para
lá estão,
daqueles que foram e saudades
deixaram.
Não mais me digam que por vós passei
sem nada sentir,
porque agora já sabem como o fiz,
assim o quiz:
a todos abracei, a todos amei,
e com todos fiquei por onde passei.