O
tempo por ti passou,
bem ou mal, só tu é que o sabes
homem que agora aí meditas dessa vida percorrida!
Valeu a pena ou quanto desperdiçada?
Ou não foi aproveitada?
Foste um ser livre na tua vida
e dela fizeste à tua maneira de ser:
viste a liberdade das aves e do vento,
e assim quiseste correr o mundo que te rodeava;
viste a alegria da primavera e do renascer da natureza,
e assim também quiseste partilhar
da alegria na tua vida, amando-a;
viste o abraço do mar com a luz do sol,
(como eles se entendem,)
pois também quiseste partilhar as pessoas,
com as tuas alegrias e afeto;
viste a serra erguida ao céu em abraço de louvor,
assim quiseste tudo abraçaste por onde percorreste!
Foste homem livre do teu tempo,
livre foste com a força de viver...
agora, cansado, já não tens essa liberdade
que te deu a força de ser.
No tempo que ainda tens,
habita ainda o grito da liberdade que desejas,
daquela que sempre tiveste,
porque ainda existem as raízes dessa existência,
a força do querer,
a força daquilo que foste e que ainda queres ser.
O teu grito se ouve
vindo da razão do teu viver:
"- Não, não estou arrependido do
que fiz!
Vivi a vida que amei.
Abracei-a da maneira que mais quiz.
Por isso digo:
deixai viver a vida que nos rodeia
e que a nós vem,
o que o coração diz e sente,
como sempre fiz. "
No comments:
Post a Comment