Sunday, February 10, 2013

A MÁSCARA


                       

                 A MASCARA
  
Máscara caída, abandonada, se desfaz…
bem foste divertida, agora, tudo ficou para traz.
Máscara escarnecedora,
abandonada agora estás…
com desdém olham para ti
neste lixo onde jaz.
Quantos seres se riram contigo
na tua vida de comédia…
fazias vidas alegres de muita coisa séria;
Quantas tristezas encobriste dentro de ti,
tanta fantasia criaste, de ti vi.
Na essência que vivemos, a que percorremos,
carregamos a trágica máscara da vida,
aquela perfídia máscara que quanto rejeitamos…
a cómica, essa,
temos para esquecer as amarguras da vida…
(apesar de repudiarmos a existência de qualquer uma,
a vida nos obriga a tê-las e não nenhuma.)
Tu máscara que tanto foste usada,
foste refúgio de quem te serviu… para nada.

Quanto valor se tem sem máscara ou disfarce,
se a verdade à face mostrada existir: é dignidade!
Desapareçam as mascaras e inflame então:
A franqueza e leal  sinceridade ao alcance de todos.

 Valdemar Muge




1 comment:

rosa-branca said...

A máscara de tantas incertezas e usadas por tanta gente. Acho que nesse sentido nunca me consegui mascarar. Lindo poema meu amigo, que adorei. Beijos com carinho