A MASCARA
Máscara caída, abandonada, se desfaz…
bem
foste divertida, agora, tudo ficou para traz.
Máscara
escarnecedora,
abandonada
agora estás…
com
desdém olham para ti
neste
lixo onde jaz.
Quantos
seres se riram contigo
na
tua vida de comédia…
fazias
vidas alegres de muita coisa séria;
Quantas
tristezas encobriste dentro de ti,
tanta
fantasia criaste, de ti vi.
Na
essência que vivemos, a que percorremos,
carregamos
a trágica máscara da vida,
aquela
perfídia máscara que quanto rejeitamos…
a
cómica, essa,
temos
para esquecer as amarguras da vida…
(apesar
de repudiarmos a existência de qualquer uma,
a
vida nos obriga a tê-las e não nenhuma.)
Tu
máscara que tanto foste usada,
foste
refúgio de quem te serviu… para nada.
Quanto
valor se tem sem máscara ou disfarce,
se
a verdade à face mostrada existir: é dignidade!
Desapareçam
as mascaras e inflame então:
A
franqueza e leal sinceridade ao alcance
de todos.
Valdemar Muge
1 comment:
A máscara de tantas incertezas e usadas por tanta gente. Acho que nesse sentido nunca me consegui mascarar. Lindo poema meu amigo, que adorei. Beijos com carinho
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