Para
quê,
inflamar o ser de cada um?
Cada qual é aquilo que é
o que a si próprio vê.
Quanto mais vejo os seres que por
mim passam
disfarçados na roupagem que usam,(são
tantos...)
mais embaciado fica o brilho da
sinceridade,
no cruel disfarce da máscara da
falsidade.
Palavras ornadas que engraçam,
como quão bonitas iludem,
é beleza exterior que disfarça,
quantas pervertidas o são, que
infundem.
Para quê?
Sonhos e ilusões a quanto
obrigas,
muitos deles vivem nas
cantigas...
mas na realidade ninguém os vê.
Cada qual cria e vive o seu
mundo,
seja o desejoso humanizante ou o
abjecto imundo,
semeando as sementes que quer e
tem,
colhendo pois, os ambiciosos
frutos que vem.
Cada qual quer o mundo que mais
idealizou
e procura na existência o que
mais quis e lutou:
uns, para mostrar o que valem e
tem,
outros, para mostrar que são
superiores a alguém.
Nesta efémera vida, quantos
desejos prosperam:
alguns, flúem na essência, outros
pereceram...
tanto esforço para a obtenção das
suas intenções, porém,
todas ficam no pó sepulcral de
aquém.
Valdemar Muge