Sunday, November 17, 2024

TODOS OS DIAS


 

TODOS OS DIAS

 

Todos os dias quero ver as flores a renascer,

uma dessas maravilhas da natureza ;

guardar os sorrisos de cada face de simpatia;

o brilho de cada olhar de esperança,

em cada encontro de amizade.

 

Querer sentir os silêncios da solidão,

transformados em auroras de felicidade,

e em cada lágrima, um conforto,

em cada saudade, um sentido de amor.

 

Todos os dias quero guardar alegrias

vinda dos corações, das almas felizes,

dos que exaltam o amor da vida,

para quando não mais poder guardar,

viverei com essas saudades tidas.

 

Valdemar Muge

AINDA QUERO


 

AINDA QUERO

Ainda quero respirar a aragem deste mar

que  me suavisa e que vem debruçar-se a meus pés;

este pôr de sol que adormece no ondolado da água

e se espraia na branca areia, afagando,

porque virá o dia que tudo isto será ausência,

será saudade.

 

Quero ter as manhãs de esperança que me despertam

das ilusões e sonhos que não foram vencidos;

possuir a alegre e feliz vivência de cada dia,  

esse alegre cantar, essa alegre melodia;

ter o odor da terra, do pão e dos frutos dela nascidos,

que a raiz faz nascer a seiva da essência,

e ouvir o cantar do nascer da água da fonte da vida,

esse êxodo silêncio que desliza ao mar e nos alimenta,

porque virá o dia que minhas mãos ficarão vazias,

e meu olhar sem que tudo isto possa ver.

 

Quero sempre crer que permaneça  a felicidade

nos corações ao ver os sorrisos nas vossas faces

vindos do sentir do coração, que trazem quantas

emoções de alegria e silêncios de saudade;

ouvir as palavras de amizade e ternura,

que a alma brota em rios de felicidade,

e das mãos, o afago querido e sincero partilhado,

que o amor sem barreiras consegue vencer,

porque este tempo nos foge

e seremos levados por outro

sem querer e não sabemos quando ser.

 

Aqui, tudo isto ficará com a saudade,

porque para além irá apenas o bem que soubemos dar

para o novo tempo,

para o novo caminhar ao encontro de Alguém

que nos espera e nos quer além.

 

Valdemar Muge

Friday, November 01, 2024

AFINAL NÃO SEI QUE VIDA TERIA


AFINAL NÃO SEI QUE VIDA TERIA



Afinal não sei que vida teria,

a que tenho ou outra desejaria ter...

mas essa que não tenho,

como saberei se depois a quero e nela ser?

Se esta que a amo, a outra, mais a viria amar?...

Não sei. Mas para quê, ter essa ilusão? ...

Se quem manda é o coração,

e na outra poderia  como esta, o amor cantar.?

 

A felicidade, por mais que se tenha,

sempre se acha que pouco seja...

se então outra vida tivesse,

será que mais feliz nela estivesse?

 

Que importa dizer que se é infeliz,

se a vida tem dor e amor,

porque no coração, cabe o sofrimento e a paixão,

dons da essência, bons ou fracos, são o que são.

O melhor, então, será guardar dentro de nós,

os dons que esta vida deu,

a beleza que nos vem em cada dia,

em cada amanhecer, que para nós nasceu.


De cada momento, bendizer a luz do sol,

e o alimento da chuva,,

esses presentes que nos dão vida dia-a-dia.

Graças daremos á vida que recebemos,

porque outra vida se o destino não deu,

é porque nossa não era e doutro seria seu,

e esta, nossa era para vivermos o que ela tinha.

 

Eu, serei o sonhador no que sou,   

abraçando as auroras, caminho e vou,

neste sentir da existência que a vida me deu.

                                                                                

Valdemar Muge