DESPEDIDA
Canto este que hoje é triste, que ouço e que sinto,
a habitual alegre melodia não existe, esse ausente encanto:
o tempo está triste, é tempo de despedida,
é saudade deixada para quem vos foi querida.
Ide, do vosso habitual canto, fica o sentir da saudade;
da vossa presença, a lembrança amiga: a amizade.
Andorinha e melro, rolas e perdizes,
de vós me despeço até quando não sei
e nem mais sei se vos verei...
mas sei que pró ano ouvirei de outros, talvez,
mais cantos, mais hino á alegria da natureza, á vida.
Valdemar Muge
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