Tuesday, May 28, 2024

NUM PRÓXIMO DIA

        

NUM PRÓXIMO DIA

 

Num próximo dia, havemos de ver acontecer:

nos silêncios permanecidos, cantar-se-á a alegria e a felicidade,

para este mar infindável de lágrimas e dor que no mundo permanece.

 

A paz que então depois haverá, mostrará a todos, as maravilhas do amor esperado

nesse novo amanhecer, e nascerá então a compreensão da humanidade.

 

O abraço sincero, será  fecundo, unirá uma infindável amizade,

para que todos se compreendam e se respeitem mutuamente.

 

O sorriso encontrado, será o início dum futuro desejado,

o da harmonia em cada dia, em cada momento, em cada ser.

 

A chuva regará os frutos do amor e da paz,

que alimentará a seiva da renovada vida;

o sol iluminará os seres de felicidade,

nas claras manhãs da compreensão e harmonia.

E da noite escura e triste da terra, nascerá o dia da alegria,

da cordialidade, da luz da amizade;

dos silêncios do tempo, nascerá a primavera das flores da paz,

e a mansidão do sol do outono dourado, embalará os corações;

virá a brisa das manhãs que nos trazem as carícias da saudade,

e as mãos se darão harmoniosamente, meiga-mente...

e as vozes, enfim, cantarão a felicidade que se esperava sempre.

 

Deixemo-nos alimentar estes sonhos na vida,

estas esperanças que o coração fortalece,

esses sonhos de desejos que queremos ter,

porque crer é desejo de possuir,

querer é esperança de realizar

os desejos de paz e harmonia,

é saber todos amar no permanente viver.


Ignoro se alguém me presta atenção,

ou se leve este meu sentir em consideração,

mas no coração, permanecendo-o, haverá mais alegria,

e a alma sentir-se-á mais sublime em cada dia.


 

Valdemar Muge

Sunday, May 19, 2024

ESTA CHUVA


VIVI CADA DIA



 VIVI CADA DIA


Vivi cada dia,

amando-o hoje para amanhã ser mais feliz,

com um amanhecer de encontros de fraternidade;

com sonhos dum mundo de compreensão, paz e amizade.

Por isso vivi com quantos desejos de uma melhor humanidade.

 

Vivi cada dia,

com a ternura nos vossos olhos;

com o afeto dos vossos corações;

com flores das vossas dádivas;

com os sonhos do vosso amor.

Assim vivi com a esperança de no mundo haver menos dor.

 

Vivi cada dia,

percorrendo o tempo envolto pela música da natureza,

e embalado na aragem de cada dia,

indo ao encontro da paz esperada de amanhã.

Vivi no silêncio á espera da claridade do novo dia,

da surpresa da nova realidade, das novas vivências.

 

Vivi em mim aquilo que soube,

o que não sabia não fiz.

Mas mais o queria fazer,

quando tarde me vi, a vida já para não fazer o diz.

O tempo passou, não espera, não nos enlaça,

quando pensamos o que ainda somos e nos vemos,

é tarde, já pouco temos, já pouco somos,

como depressa a vida nos passa.

 

Valdemar Muge

O TEMPO



O TEMPO

 

O passado, estará presente na recordação;

o futuro, esse, com a nossa imaginação.

O passado, é o tempo de histórias vividas;

o futuro, a procura de conquistas e vitórias.

O tempo real, é o presente, a vivência atual;

o passado, já não existe, viveu o seu tempo,

é recordação, memórias, não haverá outro igual;

o futuro, só existirá quando o presente o permanecer,

assim será para que não  se possa o tempo escolher.

O presente, é reconstrução, essência, imaginação;

vivência harmoniosa, fraternidade, desejo de felicidade.

O presente, é o meu tempo, o amado, o desejado.

O passado, me é ausência,

seguiu seu destino, me fugiu;

o futuro, esse desconhecido,

só será amigo quando a ele chegar...

assim, hoje, enquanto não me ausentar,

este presente sempre o quererei amar.

 

Valdemar Muge

DESPEDIDA


 

DESPEDIDA

 

Canto este que hoje é triste, que ouço e que sinto,

a habitual alegre melodia não existe, esse ausente encanto:

o tempo está triste, é tempo de despedida,

é saudade deixada para quem vos foi querida.

Ide, do vosso habitual canto, fica o sentir  da saudade;

da vossa presença, a lembrança amiga: a amizade.

Andorinha e melro, rolas e perdizes,

de vós me despeço até quando não sei

e nem mais sei se vos verei...

mas sei que pró ano ouvirei de outros, talvez,

mais cantos, mais hino á alegria da natureza, á vida.

 

Valdemar Muge

COM AS PALAVRAS


 

COM AS PALAVRAS

 

No cântico do nascimento,

nesse desabrochar á vida,

o novo ser chora para mais tarde cantar

a alegria, a vida, a existência.

E esse romper  da essência de destino marcado,

esperam-lhe as palavras que lhe darão esperança

dos sonhos a realizar e a concretizar, então esperados.

Essa nova vida, será construtor das palavras de amor,

o desejo de felicidade desde criança,

de sorrisos de amizade, de carinho, quando mulher e mãe.

Partilhará palavras que nos chegam ao coração,

que constroem a amizade e mostram a sinceridade;

será participante de palavras de conforto na solidão,

das lágrimas deixadas nos silêncios tidos,

de quantas ouvidas amargamente sentidas.

e o oráculo das palavras de oração, de fé, de gratidão.

 

Nasce e viverás com a força inspiradora das palavras,

com a luz criadora do diálogo, da convivência.

Terá palavras que serão derramadas na dor do seu sangue,

terá as que têm a força da vida, a audácia, a vitória,

mas quantas também surgirão do desespero, da dor, da desilusão.

Quantas palavras virão que não as desejava,

que não quererá ouvir, e que não quer escrever,

preferia que ficassem no silêncio do esquecimento...

mas também há quantas queridas que esperam por nós

a qualquer momento.

 

Nas palavras estará os caminhos a seguir

aos encontros belos que a vida tem,

mas nos percursos sempre haverá obstáculos que nos vem.

 

Valdemar Muge