SENTIDOS DE POESIA
Em cada dia, um novo reviver;
em cada momento, um melhor ser;
em cada querer, está o sentir do crer em ter,
em realizar, em saber viver.
Em cada gesto, uma gentileza;
em cada dádiva, um agradecimento;
em cada atitude, a identidade interior
do que é, e quanto a alma possuí.
A beleza que melhor podemos admirar,
será com certezas, o sentir afetuoso
que cada qual traz dentro de si,
e o reparte á sua volta.
A riqueza material, pode ser efémera,
mas a espiritual, a que existe dentro de nós,
alicerçada no bem, na bondade, na paz, no amor,
jamais se extinguirá, é sublime.
Estende as mãos com ternura,
e nelas aparecerá o brilho da amizade.
Com tuas mãos,
podes construir sabedoria de paz,
laços de fraternidade, alicerces de sobreviver.
Se partilhares o fraternal e sincero sorriso,
aparecerá o nascer da suave felicidade:
Porque há sorrisos
que iluminam a escura solidão;
que abraçam a alegria de viver;
que têm a força do nosso permanecer.
Felizes os corações que têm o sentir da gratidão:
são possuidores de espírito grandioso,
e sublime essência da alma.
Mas infelizes são aqueles que só conhecem a ingratidão,
nos seus corações o amor é frágil,
e a paz não tem pouso seguro.
Nos teus silêncios, sinto a tua harmonia
embalada na doçura da compressão;
Os teus gestos, têm o infinito diálogo da ternura,
são poemas de sabedoria, afagos de amor;
no teu olhar, há melodia que a natureza canta,
sorrisos coloridos das flores, e brilhos que têm as estrelas.
A natureza é pródiga em dons e beleza para que
possamos sentir e amar essas maravilhas.
Ela nos deu essa graça, essa harmonia, esse encanto.
O ser humano anseia possuir essa felicidade, esse convívio...
procurei, senti, o encontrei essa poema que o abracei,
que dele me vesti, me iluminou e o amei,
neste infindo cantar
que a alma se extasia de sublime doçura.
Se buscas a paz e nela queres viver,
que será esse o teu dever, no teu permanecer...
então, cultiva-a, e comunga com ela,
e, encontrarás a gratidão, ternura, felicidade
espalhada á tua volta,
dons que os corações anseiam e precisam.
Valdemar Muge