Saturday, September 18, 2021

NOS SILÊNCIOS DE SETEMBRO

 


NOS SILÊNCIOS DE SETEMBRO

 Depois de Agosto, vêm nos silêncios de Setembro:

As suaves tardes com o deleite pôr-do-Sol,

no pouso embalador das águas que o guarda;

é nas manhãs de Setembro, quando a chuva corre,

que corre nas faces do amor, da esperança, da felicidade,

suave como numa carícia,

refrescando os sorrisos da amizade;

e nos corações, de quanto ardor do amor que neles floresceu,

sente-se doce bálsamo, que jamais se esquece e neles viveu.

 

É no frescor de Setembro,

que se sonha na poesia dos encantos

e desencantos das palavras e dos sentidos,

das estrelas e da magia dos olhares enamorados

que se encontraram, que se abraçaram e permaneceu.

 

Na frescura de Setembro,

guarda-se os ternos sorrisos partilhados,

os sonhos e as ilusões que nasceram com a maresia,

e os convívios que sempre ficarão guardados.

Tempos felizes, recordações de saudade,

que estes dias de Setembro faz lembrar: felicidade!

 

E aquela fresca chuva cai,

cai no olhar saudoso nestes dias de Setembro;

nas vivências que se despedem de quantos corações

que vão... e, então, quando a chuva secar,

ficará apenas o silêncio da saudade em quietude amar...

 

Nos silêncios de Setembro,

as madrugadas têm mais brilho, e o horizonte mais cor;

o cantar dos pássaros tem mais alegria,

e os silêncios mais sentido na vida;

os sorrisos mais afeto, e os corações mais felicidade:

tudo isso, por ser o inigualável Setembro de saudades…

 

Valdemar Muge

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