Saturday, May 15, 2021

MEMÓRIAS

 


                

    MEMÓRIAS

               A ESPERANÇA

Há palavras que doem no coração,

e outras, nele, tão belas emoções o são.

Na vida, há palavras que vida dão, 

mas outras, nem vida, nem palavras serão.

Na caminhada da vida,

quantas ruas que palavras não têm:

são as ruas do silêncio,

as ruas da aragem da nostalgia,

onde há sempre alguém com um amor perdido,

desiludido,

sem que o possa encontra-lo...

mas há as ruas da esperança, do encontro,

onde haverá sempre um amor que nasce em cada manhã,

que nasce vida para viver o novo hoje, o amanhã.


Haverá sempre uma nova esperança que vem,

quando a esperança que era e agora já se não a tem.

 O tempo, dá vida á flor,

mas a vida é vencida pelo mesmo tempo

que vida deu, seja ela qual for.

Na existência da vida,

quantas esperanças se sonham, nascem,

florescem e se fortificam...

mas outras, quantas são desilusão,

quantas são paixão que morrem...

mas elas serão sempre a essência do viver,

porque sempre haverá uma esperança de um sonho

que desponta em cada aurora,

uma flor para a vida que desabrocha,

que nos espera, em cada madrugada.

 

Há corações com angústia


que a dor neles perdura:


são memórias que não se esquecem,


e que por vezes tanto permanecem,


duma vida que foi dura.


Há vozes que clamam a pobreza que no mundo prolifera,


e é dessas vozes, desse clamor,


dessa pobreza que a alma encerra,


que quantas vozes perecem para o silêncio do pó da terra.



.Na cidade, chove, e chove no meu coração,


pois nele, o sentir da alegria não existe,


quando na existência do desespero e da solidão,


vê-se na lama da chuva caída,


as pegadas de tanta podridão.


Mas há sempre, sempre, (e que sempre exista),


uma esperança, uma flor, uma alegria,


um afeto em cada ser, em cada vida, em cada dia,


para que as memórias não tenham dor,


mas tenham um sentido de fraternidade e amor. 




Valdemar Muge

 


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