Onde está o amor, onde?
Ó corações insensíveis, como
andais distraídos,
vós que ainda não encontraram o
amor,
esse afago da alma,
essa doçura do espírito:
basta seguir o caminho do carinho
e a vontade da partilha,
e lá o encontramos!
Vós, ó incrédulos do amor,
enquanto assim viverdes, nunca o
encontrareis:
Abraçai a fraternidade
e a dedicação incondicional.
Ó carentes do amor,
que o procurais nas desertas
ruas,
aí, não o encontrais:
Procurai nos rostos da alegria,
nas vozes da simpatia,
e o encontrareis nos corações da
felicidade.
Onde está o amor?!
Ouve-se o grito do apelo,
vindo das vozes dos infelizes,
dos insípidos do afecto.
É preciso acreditar na sua
existência,
é preciso partilhar, sonhar que
ele está além;
naquele raiar que transparece dos
corações
sinceros e afectivos.
Mas que mágoa esta,
que dor que me atravessa,
ao ver quantos seres despovoados
de amor:
eles vivem nos silêncios da
escuridão,
como lhes falta a luz da
felicidade e da alegria,
a luz da vida!
Quisera eu ser luz ou vento, não
sou, lamento.
Quero ser alegria, simpatia,
ou carinho e bálsamo da dor...
para espalhar em todos os
corações,
o frescor do amor:
Então seria um ser feliz,
um ser que encontrou o amor!