Procuro no papel o nome da minha profissão,
procuro o ofício de meu exercer,
mas como tem sido em vão,
só vejo papel em branco neste
viver!
Que artificie será o meu,
que queria construir com esta
terra que piso,
com esta natureza que abraço,
com este mar que me aconchega
e não sei o nome de meu ofício.
Queria ser construtor de
fraternidade,
de um mundo de harmonia e paz,
como queria tornar meus desejos
em realidade,
mas não encontro bem a forma como
se faz.
Com as águas das fontes e a
frescura do mar,
lavaria a impureza que reina
neste mundo;
com a natureza, sassaria a fome
que tanto prolifera
e com uma flor em cada ser, em
cada mão,
construiria a fraternidade
desejada.
Serei construtor de palavras, de
sentidos...
sigo nos caminhos da esperança
que percorro com as palavras do
tempo da renovação,
canto pelo caminho os poemas que
o coração desejou,
deixo as mensagens a todos que me
queiram houvir
onde a minha voz ficou.
Não encontro nome para esta
oficio,
assim fico incógnito de tudo
isto,
ou não haverá meio de o dar e ser
a quem sonha e deseja neste
viver?
Valdemar Muge