Quando me juntar com o pó da minha terra,
pois como ele
serei e em pó ficarei.
Ficarei finalmente na terra que sempre cantei,
essa que na minha
alma perdura e encerra.
Como sou da terra
dos ribeiros cristalinos,
com eles ficarei
na frescura, adormecido;
como sou da terra da
aragem salgada,
com ela estarei, para que a tenha na minha pousada;
como sou da terra das flores
que encanta,
serei elemento para
que sempre cresçam,
de beleza tanta;
se sou desta
terra, deste sol, desta lua
que aqui moram,
desta gente que ri
e chora,
deste povo que
todos abraça e ama,
então, sempre serei desta terra tua!
Um dia, meu corpo
baixará ao pó desta terra,
ao mistério
profundo que o Universo encerra,
onde à sombra dos
álamos ficarei,
e ao abrigo da
cruz da ressurreição repousarei.
Serei pó desta terra,
mas serei elemento
que dela encerra;
serei humilde
servidor desta natureza,
progenitor fecundo desta beleza,
fragmento
deste povo, desta terra,
germinador da
essência que sua alma encerra;
mas também que seja espírito de nova Vida,
de nova primavera.
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