voai e levai meus desabafos
pelas águas, hoje, calmas e
transparentes
que reflectem a força da vida,
de quantos sonhos e desilusões.
Nas labutas
que tuas águas oferecem
para tanta gente de ti sobreviver,
és espelho de quanto na vida se
luta:
nuns, na vida se aflora ventura,
noutros, encobres tanta amargura.
No pôr-do-sol que em ti vejo,
tuas águas, na quietude do
marejar que desliza,
repousam com os que de ti vivem,
e embala as recordações das vidas
vividas
àqueles do momento nocturnal da
vida.
Neste marejar, tudo se esvoaça
e a recordação para traz fica e
passa.
…e o acordar dos
pensamentos, aflora…
Na fresca aragem
envolvida, vinda
do extenso
verde que se avista destas águas,
airosa e
sorridente, nestas brancas areias,
surge, menina
e moça,
o renascer de
uma nova vida,
dum desejo
sonhado,
depois
realizado.
1 comment:
Um belo poema onde se sente a influência do mar.
Cumprimentos,
António
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