Monday, April 23, 2012

OS FLAGELADOS



Passam flagelados, sonâmbulos, perdidos...
correm nas águas conturbadas e sujas,
seres que já foram, agora o são cárceres idos,
caídos num mundo angustioso, desorientado.

Deambulam nas sombras do desespero e angustia;
sofrem o que a vida atroz, insensata lhes facetou.
Ó míseros humanos, para onde vão? O que agora são...
Seres que não sabem quem são, a razão lhes faltou.

Eles vão, vão sem saber já o que são...
caminham ao encontro dum repouso duradouro...
Mas não! Seguem sim o caminho da flagelação;
são condenados do vício a que foram levados.

São frágeis almas que se deixam deambular...
Não! Enquanto vida existir, por ela lutai!
A esperança revivescerá, ela quer amar
a vida nestes seres fraquejados e a vitoria florirá.


Valdemar Muge





2 comments:

manuela barroso said...

Cambaleando ou não, dormem sonos inquietos no vazio de si mesmos. Porque nada já os preenche!
Belo poema.
Belo Despertar!
Abraço,Valdemar

Anonymous said...

A vida precisa de rédeas curtas e mãos firmes para não se perder nas encruzilhadas do caminho...

Lindo poema, querido.

Beijos e bom fds.