Saturday, April 28, 2012

SEMPRE



Caminho contigo nas manhãs que despontam,
abraçando o brilho  das auroras que nos chamam.
Nelas, acordamos com o fresco orvalho da noite;
com os corpos afagados na carícia do amor;
com as mãos a erguerem-se para a luz do futuro;
com os corações dispostos à ansiedade da vida.
Sempre caminharei!

Não só na juventude se encontra a alegria,
mas na felicidade que se conquista na vida;
não só na juventude reside e floresce o amor,
mas em todos nós quando o carinho espalhamos.
Nossas mãos, apanham a carícia da tranquilidade
e folheiam as paginas da transparência e da sinceridade;
da boca, sai a doce sílaba do amor,
da compreensão, mesmo quando haja dor;
dos corações, pulsa o desejo da felicidade
nos caminhos a percorrer, guiados pela luz do amor!
Sempre, sempre, eis a verdade!

Sempre com o amor!:
Eis o grito que ecoa no vento que passa;
no mar que se debruça nestes corpos acordados;
na aragem que suaviza os corações que amor brotam;
no dia que desponta e confiamos para a vida,
e na tranquila noite de paz que desejamos querida.
Sempre estará presente o beijo que matinal desponta;
sempre estará o abraço do afecto que se entrega
e se deseja, da paz, da concórdia, do amor;
sempre estará, sempre, a seiva do amor que perdura.
Sempre estará!

Sempre há na vida, um lugar para o amor,
quando a esperança sobrevive à desdita


Valdemar Muge

Monday, April 23, 2012

OS FLAGELADOS



Passam flagelados, sonâmbulos, perdidos...
correm nas águas conturbadas e sujas,
seres que já foram, agora o são cárceres idos,
caídos num mundo angustioso, desorientado.

Deambulam nas sombras do desespero e angustia;
sofrem o que a vida atroz, insensata lhes facetou.
Ó míseros humanos, para onde vão? O que agora são...
Seres que não sabem quem são, a razão lhes faltou.

Eles vão, vão sem saber já o que são...
caminham ao encontro dum repouso duradouro...
Mas não! Seguem sim o caminho da flagelação;
são condenados do vício a que foram levados.

São frágeis almas que se deixam deambular...
Não! Enquanto vida existir, por ela lutai!
A esperança revivescerá, ela quer amar
a vida nestes seres fraquejados e a vitoria florirá.


Valdemar Muge





Saturday, April 14, 2012

ESCURA NOITE



Na escura noite,
ouço o choroso grito da desilusão;
o amargo gosto do desespero,
e a triste ilusão da esperança!
Nos diáfanos corpos da escura noite,
latejam os crocitar dos corvos
nos gritos maléficos da vitória.
Essa noite, não!

Com o brilho das estrelas da bondade,
iluminemos as noites adjacentes;
Com a alegria dos justos corações,
venceremos o negro manto da imprudência;
Com as flores da felicidade,
num abraço de fraternal humanidade,
espalharemos as suas pétalas nas nossas noites
(as das fraternidades e amor,)
e elas, as ansiosas, a todos florescerá!
O doce luar brilhará para todos os seres
e a humilde frescura nocturnal
refrescará os corações sensíveis!

Então, todos cantarão
nesta noite serena,
tão amena,
numa desejosa união,
o hino da paz e concórdia.
Aquela escura noite,
clara se tornará em nossos espíritos
e a alvura da felicidade, enfim,
irradiará aos olhos de quem mais a procura e deseja.


Valdemar Muge

Friday, April 06, 2012

PÁSCOA


      

                  Que estas vivências,
                    se tornem realidades encontradas:
                 
Depois da tristeza,
a alegria rejuvenescida;
Depois da mentira,
a verdade tida;
Depois da desavença,
a reconciliação procurada;
Depois da guerra,
a paz desejada;
Depois da maldade,
a justiça encontrada;
Depois da inquietude,
a tranquilidade bem-vinda;
Depois da procura,
o afecto infindo;
Depois do desejo,
o amor querido;
Depois do sofrimento,
a recompensa Divina;
Depois do adeus,
 a chegada à nova vida, de desejos meus!

Da despedida do velho tempo de valores nocivos,
chegaremos sim, à ditosa nova essência encontrada!

Do grande rio das puras e belas águas que deslizam,
surgirá os renovados corações, alegres e felizes!

Trespassemos o muro que separa o iníquo da equidade,
e encontraremos a verdadeira e feliz razão
do encontro desta vida, de que não foi em vão. 
       
        Valdemar Muge