Thursday, May 29, 2025

A MISSÃO


 

A MISSÃO

 

Vivemos para realizar a missão a que viemos.

Quando nascemos, estaremos predestinados

a essa caminhada neste mundo tão contorvado

de ações de alegrias e amarguras.

 

A dignificação humana,

está no altruísmo da partilha com o próximo;

o valor moral, na dignidade de construir o bem prestar;

a misericórdia, na oferta do coração á  missão,

na dádiva prestada generosamente em qualquer ocasião;

no sorriso, o afeto, no amor fraternal.

 

Felizes dos que cumprem essa missão,

são luz para o paciente encontrado;

é a aragem da esperança desejada;

são seres que promovem o bem,

a paz, e o alegre bem estar;

seres que cumprem a missão para que foram destinados,

em cada dia, em cada momento, dizem presente.

 

Valdemar  Muge

NA VIDA



 NA VIDA

 

Na vida, tanto encontros de gente que ao coração nos vem,

porque ela é fonte contínua de sentidos tidos que se vive:

Nela, encontramos gente que faz elos de amor que tive,

construtora de felicidade sempre para alguém.

 

Há tanta gente que gosta da gente,

mas outra gente, que até parece ser gente...

diz que gosta, mas tanto nos mente.

 

Há gente que vêm e fica no coração da gente e não sai,

mas outra que vêm e quer  o coração da gente,

mas não sabe do dela dar... essa, não fica e vai.

 

Há gente que traz o terno amor para amar,

mas outras, só possuem palavras sem sentido,

que as querem cantar, mas não servem para recordar.

 

Há gente que têm no olhar as palavras do coração;

nos sorrisos, a ternura dos sentidos;

nas atitudes, o afeto que a alma possuí;

na alma, a pureza de criança.

          Esta, sim!...

Podece construir dentro de nós 

estes sinais em realidade,

seríamos mais gente, para toda a gente que nos vêm;

com a alma mais sublime do que a gente tem,

neste mundo frágil de falta de afeto

e de quanta alegria que se não tem.

 

Sempre haverá gente que fica dentro de nós,

gente querida, que com ela, nunca estaremos sós.

 

Valdemar Muge

Wednesday, May 28, 2025

CREIO QUE


 

CREIO QUE

 

Creio que em cada amanhecer, 

existirá a esperança de um novo permanecer.

Ele, é guia para a caminhada de cada dia,

para que possa acontecer

os sonhos guardados, em realidades serem.

 

       Mas...

há dias que nos acontece, 

que nos mostram a realidade:

os sonhos, muitos desaparecem, 

para surgir a verdade.

Como há dias que nos surpreendem, 

quando se pensa que o querer pode acontecer, 

mas num dia, num momento, de repente,

quantos sonhos morrem até ao anoitecer.

 

        E agora...

nas tardes que nos veem, ao entardecer, 

nos silêncios saudosos que elas têm,

guardamos o bem realizado e encontrado

dessas manhãs de esperança, esperadas:

o cântico da paz, no silêncio da natureza;

a felicidade vivida na comunhão dos corações;

o perfume dos rostos de felicidade

deixado nos olhares de cada amizade,

e na inocência primaveril de cada criança

e, as lágrimas da saudade de quem partiu,

dessa gente querida que o coração sentiu.

 

Valdemar Muge

A MUDANÇA


 

A MUDANÇA 

 

Irei mudar de residência para longe daqui,

porque já semeei o que pude e cantei o que senti.

Deixo os frutos do que plantei e colhi...

nada levo, tudo ficará , essa vontade assim o desejei,

agora envelhecido, só me resta o que então amei.

 

Irei morar para bem longe daqui,

mais não consigo fazer para o que aqui vim,

e talvez não consegui construir o que queria ser.

Minha alma, já estará madura de aqui coabitar,

as forças vão-se perdendo, e, pouco mais posso dar.

 

O tempo, quanto de mim levou e se desperdiçou...

tudo se ia mudando, mas também me foi dando

fazendo em mim este pobre e peregrino ser:

Aos poucos, o silêncio era meditação;

a partilha, a mutua compreensão;

a curiosidade, o sempre querer saber e ser,

e, a paixão, essa, no mistério do coração.

 

Agora, vivo o tempo do acontecido 

á sombra da luz da reflexão, agradecido;

saboreio os encantos dos frutos maduros

que o tempo foi criando,

e, a Graça de ter vivido com todos, amando

nesta vivência de paixões que fui cantando.

 

Morarei junto dos pássaros, para ouvir o seu cantar;

ou junto ao pôr do sol, nessa luz que adormece no mar.

Morarei talvez, nos caminhos Luminosos do céu

em véu ou manto azul,

onde ninguém me veja, 

num silêncio de plenitude Paz querida,

que o milagre da vida transforma e dá.

 

Valdemar Muge