Saturday, April 12, 2025

QUANDO UM DIA



QUANDO UM DIA

Quando um dia eu já não poder ter esta vida,

ou aqui não estiver para ouvir os vossos cantos,

ou sentir a melodia da natureza,

( outros talvez ouvirei?... ),

quero que continueis a ouvir e sentir

o encanto que aqui deixarei:

A música que me ecoava no silêncio,

e me extasia o pensamento

do triste escuro para o alegra dia;

as novas rosas que virão, iguais às que me afagavam,

e meus olhos se deleitavam;

o novo cantar do pássaro que me visitava,

e, eu o ouvia como inocente diálogo.

Aqui vos os deixarei,

porque outros encantos quero encontrar e terei...

 

Sei que um dia não mais vos verei,

nem talvez a luz do amanhecer ou do por do sol,

respirar a aragem que me abraçava,

ver o orvalho da manhã

ou a chuva que nos meus olhos molhava.

Os vossos sorriso, os vossos olhares,

tudo será saudade do passado,

dum corpo que termina em pó debaixo da terra.

 

Para o futuro, que a vida vos seja felicidade

com os encantos alegres da paz que encontrei.

                                                       

Valdemar Muge 

A PRIMAVAERA EM ABRIL



A PRIMAVERA EM ABRIL

 

A Primavera em Abril tem mais encanto.

A luz do sol é mais suave na natureza,

porque ela sabe que as flores são sensíveis

como sensíveis são os corações que amam,

e, o abrolhar da semente é nascimento

que a primavara de Abril faz resplandecer e vida ter.

Em Abril, as gotículas da chuva são mais transparentes,

caem leves, caem suaves

numa melodiosa oferta de alimento e bênção.

 

A Primavera em Abril tem mais cor.

Nas viçosas rosas que desabrocham,

as cores têm mais brilho;

como brilho têm os sorrisos que por nós passam,

porque têm a alegria primaveril

que os corações há muito ansiavam;

a brisa que nos abraça, é mais perfumada,

porque passou pelo florido rosmaninho,

e nos leva às estrelas do amor.

 

E tu, mocidade primaveril, esperanças de Abril!:

tua voz é hino de alegria que canta;

tens a brisa do teu mar, que na rua, passa

com sonhos e ilusões que despontam;

a frescura que a inocência do mar te deu,

esse mar que dizes que é teu, e que te vem.


Tens a felicidade que nesta primavera renasce,

em cada olhar, em cada sentir que o coração tem,

na vida desta exaltação que em Abril nasce.


Valdemar Muge 

Sunday, April 06, 2025

A MELODIA DA VIDA



 


A MELODIA DA VIDA

 

Reflete que a vida é uma constante melodia,

pois cada momento tem o seu encanto sonoro,

a exaltação da natureza da força da vida,

a harmonia abençoada que habita da terra ao céu,

que se sente na vivência de cada dia.

 

Pelo nascer, temos o hino da vida, essa alegria esperada,

esse desejo encontrado de se viver á luz da vida.

Virá a melodia da inocência, da pureza, da castidade,

o novo percurso embalado nos afetos encontrados,

no conhecimento, na amizade amada.

 

E o tempo nos leva sorrindo, nos leva possuindo

na valsa dos encantos e dos sonhos;

dos desejos, das emoções, da felicidade.

Mas também se sente a melodia da frustração,

do desgosto, da tristeza que nos entra no coração.

 

É no silêncio que se sente a melodia do passado vivido,

a que passa a ser recordação, boa ou má,

para então nos envolvermos na da esperança,

a da renovação para o futuro, a desejada companheira.

 Com ela, caminharmos ao encontro

do amor e da felicidade,

esse encanto poético que sentimos dentro de nós,

que um dia poderá ser saudade quando estivermos sós.


Essas melodias sentidas, são ânimo e alegria

como fonte de água cristalina saciando a sede da vida;

são partituras do nascer da aurora de cada dia,

e do pôr do sol de cada tarde, do mistério da vida.

A música que se sente, é a realidade presente,

com recordações do passado,

e esperança para o futuro.

 

Valdemar Muge 

GUARDO O TEMPO


 

GUARDO O TEMPO

 

Guardo o tempo que a brisa me envolvia e sonhava,

porque sentia que nela vinhas, para me afagar contigo.

A brisa passava, passava, e a tua imagem então ficava,

meu amor, para te abraçar sonhando,

e para sempre assim te ter amando.

 

Guardo o tempo que o brilho das estrelas nos iluminavam,

com elas, suponha que o brilho da noite seria eterno.

Mas era o brilho de teu olhar que resplandecia,

ele é eterno, é que me acariciava

nas ternas noites que os corações rejuvenesciam.

 

Guardo o tempo que os caminhos tinham vento agreste,

mas depressa o vento passava e vinha a bonança;

pois se as rosas também têm espinhos agrestes,

mas o seu encanto faz esquecer a presença dessa agre-dez ...

era o tempo que as palavras eram poesia,

e, os sonhos floriam nos corações que então havia.

 

E no silêncio do tempo que agora vai passando,

quando tens os olhos fechados, que acontece, meditando,

nesse universo que só eles sabem criar e dar,

fecho os meus, para ver o que dentro, sentindo, dos teus têm:

parece ser reflexos de lágrimas de saudade que de ti vêm ...

são recordações que o brilho da memória ainda contém.


E nos teus silêncios que agora te pousam,

silencioso também fico na partilha triste

de tudo que foi e agora parece que não existe,

de tanto que brilhou e agora até parece tempo triste.

Como são saudades dum tempo que a vida tem,

quando a felicidade é a mais sublime riqueza que se tem.

 

Neste teu silêncio de corpo dorido n0 leito, adormecido,

está a mulher vivida com a ternura e a amargura tidas;

está dentro de si, a solicitude e a prontidão em cada mão.

Na sua dor deste silêncio, estão os sonhos do passado,

as alegrias, as vivências partilhadas, queridas,

o hino à vida, ao amor, à fraternidade havidas;

no coração, está a dedicação e a ternura de mãe,

carícia de flor, afago de esperança dadas,

felicidade encontrada, mulher única amada.


És poema que flui à vida neste teu silêncio,

mulher que flutua no delírio das recordações,

e guarda o tempo de que sempre quis amar,

abraçando a coragem, a alegria no coração,

e também quantas lágrimas no olhar vão.

 

Valdemar Muge

Friday, February 21, 2025

CAI A TARDE


 

            Sentidos de Poesia

                             V

                    CAI A TARDE

 

Cai a tarde e as sombras da noite aproximam-se.

A melodia dos pássaros se vai perdendo de ouvir

e, a alegre cor do dia vai esvaindo, perdida,

diluída na escura e triste noite surgida..

 

Na noite, já não ouso o chilrear dos pássaros,

pois descansam do dia percorrido,

na negra e fria noite do tempo.

É no silêncio da  noite, que eles sentem

a amargura da chuva, do frio e do vento,

no seu aconchego noturno apropriado.

 

Mas mais amargo ainda será sendo,

de quantos seres humanos, vivendo,

que não ouvem a melodia do dia da alegria,

porque vagueiam sozinhos sem destino, perdidos...

apenas a luz das estrelas como companhia tida,

e o duro chão calcado de dores

e molhado de lágrimas

no triste silêncio da noite fria,

envoltos em escombros com vidas destruídas.

 

Valdemar Muge

Sunday, February 16, 2025

OS SONHOS


 

OS SONHOS


Abençoada a terra onde cai a semente e o fruto nasce;

e, o mar, ser fonte de vida de reprodução e alimentação:

estas são o esplendor das maravilhas da natureza!

É a renovação da vida, a essência da Criação.

Se assim não fosse, não haveria existência.


Se da terra nascessem os frutos dos sonhos,

então ela estaria coberta de germinação que cada um fizesse.

Se pudéssemos semear sonhos, devia ser de paz e amor;

de fraternidade e progresso;

de justiça e de abundância.


Mas os sonhos não são como as sementes...

eles são ideais da imaginação,

força que nasce do coração,

vontades do querer para ser.


Em vez de os poder semear,

temos que os vencer, conquistando-os...

e, para que se ergam, tem que se os construir.

Eles vivem no pensamento,

e, germinados no coração.

Não há terreno, não há mar, não há lua para os semear,

são nossos, e só nossos para os amar e os criar.

 

Quantos poderão ser ilusão ou fantasia,

mas enquanto dentro de nós viverem,

serão esperança, serão força de viver, alegria,

até que um dia se possam acontecer.


E então sim!

Os sonhos nos fazem seguir em frente,

são coragem, sem medos, desejo e paixão.

É luta, é sobrevivência da vida,

é acreditar que possa haver paz e união.


Valdemar Muge

Saturday, January 25, 2025

OLHA-TE PRIMEIRO


 

OLHA-TE PRIMEIRO

 

Olha-te primeiro e reflete,

observa a tua essência conscientemente

antes de apontar alguém sem a conhecer.

O valor moral de cada ser, está na sua alma,

só é visíveis quando a sensibilidade flui

para o coração de alguém.

Se em cada olhar se vê o reflexo da alma,

será pois ele ser o sentir que o coração exala;

e em cada sorriso,

a expressão da voz do silêncio flui

quando o amor acontece

e a amizade nos corações permanece..

 

Cada ser tem a sua personalidade.

Ninguém é igual de qualquer ser,

cada qual vive conforme seu pensar e crer...

cada um faz a sua caminhada,

como as águas do rio fluindo para o mar

ao encontro do refazer,

e nós, ao encontro da sobrevivência da vida ser.

 

O que é preciso acontecer,

é permanecer a sermos nós próprios,

com o sentir de fraternidade, da justiça e da paz!:

Será essa a virtude de cada um, que a alma faz

 

 Valdemar Muge

O DIA


 

O DIA

 

O dia de hoje nunca será a satisfação final de objetivo.

Aguardamos sempre o próximo amanhecer

para continuar o idealizado e acontecer,

para partilhar o amor e o afeto permanecer a se dar,

para possuir a felicidade desejada e se querer amar.

 

O dia nos procura em cada o seu nascer.

É amigo que nos quer abraçar,

o companheiro da caminhada a dar;

o que nos mostra a beleza da natureza

com o cântico místico do renascer,

e a exaltação da razão do nosso viver.

 

Cada dia é a nossa gratidão da existência.

É suprema dádiva do invisível,

esse mistério que existe do céu á terra.

Que mais queremos ter?

Ele dá-nos a alegria para o nosso viver;

a tranquilidade do silêncio para refletir,

e o sublime encanto da paz que deve existir.

Dá-nos a aragem da esperança;

a força da vida, da fraternidade;

a luz, a dor, o amor, a felicidade.

 

Vivamos em cada dia o que ele nos oferece,

porque poderás não ter tempo

de receber a oferta do dia de amanhã.

 

Valdemar Muge

Friday, January 10, 2025

EM CADA MOMENTO




 EM CADA MOMENTO

 

Em cada momento de cada dia, é gratidão.

O passado, poderá ser saudade

da grata vivência desse tempo percorrido,

mas o presente, é louvor á nossa existência.

Somos humanos peregrinos  que possuímos

sentidos de amor e felicidade:

tivemos sorrisos partilhados,

essa bela graciosidade de ternura;

alegrias que o coração recebe

em quantos momentos de sentida paz

e, quantas amizades nos floriu

nos encontros fraternais que o coração faz,

 

Somos os famintos da paz e do amor,

desejosos de os receber e cultivar.

Somos os que têm mãos para semear a seara,

esses lutadores da sobrevivência da vida;

os que têm vós para dizer não á mentira, á maldade

e, para dizer sim á tolerância, á fraternidade.

 

Somos os humanos que enfrentam o destino,

de quantos aqueles que lutam pela glória.

Os conquistadores dos mares e da terra,

sublimando o carácter que lhes encerra!

Esses, que ao mundo o nome de ser português brilhou.

Seremos gratos de assim sermos,

porque possuímos sonhos que querem ser realidades...

queremos viver, amar e ter felicidade,

neste mundo cósmico que habitamos,

onde somos sensíveis como a simples flor,

e mais sensíveis somos onde habita fome e dor.

 

Em cada momento, sejamos sempre

os dadores de sorrisos e de afetos,

os arautos do bem e da concórdia,

da dignidade e da justiça,

da felicidades e da paz:

Vivamos tudo isso agora,

porque amanhã não sei se teremos na hora...

 

Valdemar Muge